quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Aprende a refletir- Um amigo

Estás triste?
Não te entregues ao desespero!
Pára e reflete!
Olha para o alto e vê quanta luz, quanta energia, quanta beleza se derrama sobre todos nós!
Não te detenhas na dor ou na dificuldade que no momento te visitem, mas observa os recursos que Deus te envia, para que possa superá-las.
Ocupa as mãos no trabalho do Bem e ilumina a mente com bons pensamentos.
Agradece e abençoa a inteligência que possuis, a possibilidade de crescimento espiritual com que ela te favorece.
Quantos padecem frio e fome, nudez e abandono por não portarem um raciocínio lúcido.
Aproveita as dificuldades para construíres os dons da paciência.
Aceita a vontade de Deus, lembrando-te que sua Justiça te permite usufruir apenas aquilo que mereces.
Procura trabalhar e melhorar o teu espírito, a fim de que, um dia, possas substituir as lágrimas por sorrisos de alegria que nascem do dever retamente cumprido perante o nosso Pai e Criador.
Nesse dia, te cingirá a fronte a coroa da vitória!

Livro Os Caminhos da Paz
Mensagens de diversos Espíritos recebidas no Lar de Tereza/RJ
Edições Léon Denis

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Espera o amanhã - Icléia

Alma irmã!
Deixaste que a revolta tomasse conta de teu coração e destruíste as chances de alcançar novos momentos de felicidade e de paz!
Choras hoje, infeliz, tocada de profundo arrependimento.
Cerraste os ouvidos às vozes que te pediam calma e negaste a ti mesma a orientação do bom senso.
E, agora, o que fazer? - indagas entre lágrimas de compunção o que fazer diante das lutas que se avolumaram em conseqüência de tua precipitação marcada pela insensatez.
Agora, alma irmã, contempla a Natureza...
Vê as lições que ela te oferece dadivosa, sem nada te pedir, sem nada te cobrar, mostrando-te, em silêncio, como funcionam os processos de reajuste, importantes e imprescindíveis ao restabelecimento do equilíbrio perdido.
Quando a chuva cai, normalmente, encharcando a terra, a sementeira com ela se beneficia, ensejando colheita farta. Mas... quando a chuva não chega sozinha, fazendo-se acompanhar de temporais violentos, derrubando casas, deslocando pedras, provocando enxurradas destruidoras, é possível que a sementeira se perca, que ninhos se desfaçam, que lares desmoronem em ruínas...
E então... só o tempo, com a volta do Sol e a colaboração de mãos que se unem para reparar os danos, farão o milagre da renovação, restaurando a paz... Só o tempo!...
Apesar de tudo, algo de bom permanece - a lição que a Natureza oferece a quem tem olhos de ver!
Aprende, alma irmã, que a revolta é dor também, assemelhando-se à enfermidade embutida no organismo, aguardando clima propício para eclodir.
É sempre dor, causando uma dor maior e sem remédio nos refolhos da alma, porquanto o "depois" dói mais do que a causa que surgiu "antes"!
Alma querida! Agora é momento de esperar!
Espera o tempo, mas espera servindo, porque o serviço do Bem é o sol secando as lágrimas que, como a chuva, caíram em excesso...
Agora, alma irmã, espera o amanhã...

Livro Os Caminhos da Paz
Mensagens de diversos Espíritos recebidas no Lar de Tereza/RJ
Edições Léon Denis

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Paz! - Icléia

Ao amanhecer de cada dia, deves indagar de teu próprio coração o que fizeste para ganhar a paz, para levar a paz, para usufruir a paz!
Deves indagar, ainda, como tens trabalhado pela paz dos companheiros e pela paz do mundo.
Todos falam da paz! Desejam-na, exigem-na, mas quão poucos sabem estendê-la, quão poucos sabem conservá-la!
Muitas vezes, nas orações que os lábios proferem, deseja-se que Deus derrame a sua paz sobre todos; mas, dentro do coração, o desejo é outro, sob um disfarce que a criatura não consegue revelar nem a si mesma; são os pequeninos desejos contra os ofensores; contra os que prosperam, contra os que dirigem, os que comandam, contra os que têm poder.
Enquanto no coração das criaturas prevalecerem esses desejos menores de destruir, de julgar, de condenar, a paz não passará de palavra dita pelos lábios apenas, porém, incapaz de lançar raízes, onde quer que seja.
Para que haja paz, muitas vezes, os ouvidos deverão estar surdos e os lábios mudos.
Para que haja paz, muitas vezes, é necessário que a criatura se despoje do que possui.
Para que haja paz, muitas vezes, o coração deverá renunciar.
Pensa bem no que representa a paz para ti, o que a paz pode te oferecer.
Numa análise sincera, verifica o que tens criado em torno de ti: se a paz do Cristo ou apenas a acomodação dos homens.
E que Deus te inspire e ajude a trazer, para a intimidade do coração, a paz necessária à tua vida, acobertando-te com o seu infinito Amor.

Livro: Os Caminhos da Paz
Mensagens de diversos Espíritos recebidas no Lar de Tereza/RJ
Edições Léon Denis

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Nunca estamos sós! - Icléia

Nem sempre sentirás ao teu lado os amigos que velam por ti.
Não sintonizado com eles, por força de tuas inquietações, terás a impressão de que te encontras abandonado.
Movimentar-te-ás, então, como autômato, de um problema para outro, sem soluções adequadas, sentindo-te inseguro.
Todavia, os teus amigos ao teu lado estão, como sempre, tentando ajudar-te.
Apenas tuas ondas mentais não se interligam com as deles, como um rádio, cujas antenas maldispostas não permitem uma transmissão perfeita.
Interferências de outras mentes, afinadas com o teu lado inferior, provocarão sempre essas sensações de abandono, de angústia, de medo.
Benfeitores por ti oram. É preciso que ores também.
Amigos espirituais estendem-te, pressurosamente, as mãos. É necessário tocá-las, estendendo as tuas, através da prece.
Quando, pois, as impressões infelizes te assaltarem a mente e o coração, não as alimentes, detend0-te nelas, como quem teima em provar um fruto que já sabe amargo.
Recolhe-te em oração. Refugia-te no templo de tua própria consciência, já iluminada pelo conhecimento da Verdade, e entrega-te a Deus.
Ouve, na acústica da alma, a afirmativa do Senhor Jesus:
"Não vos deixarei órfãos."
Ele, o nosso Irmão Maior, jamais nos abandonará. Preciso é que não o abandonemos também!
Recolhido em teu silêncio e prece, logo sentirás a presença de teus Amigos Espirituais, que te inspirarão soluções, clareando-te a marcha.
Uma grande paz te cercará e irá penetrando, devagarinho, todo o teu ser.
Asserenado, verás, então, que não é difícil vencer a luta.
Acalma-te! E pelos caminhos da serenidade, ouvirás a voz do Mestre, repetindo aos teus ouvidos as palavras que sustentaram os discípulos de todos os tempos:
"Não se perturbe o vosso coração!"

Livro Os Caminhos da Paz
Mensagens recebidas de diversos espíritos no Lar de Tereza/RJ
Edições Léon Denis

domingo, 16 de novembro de 2008

Introdução de Víctor Rebelo ao livro O que é viagem astral

Para que o espírito, a essência criadora, centelha divina sem forma possa se manifestar no universo das energias, das mais densas às mais sutis, ele necessita de corpos.
O yoga, o budismo, a cabala, enfim, as mais antigas tradições espirituais têm classificado e ensinado como esses corpos atuam, cada um em seu plano específico, porém sempre de forma integrada.
O número de corpos com que o espírito se manifesta pode variar de acordo com a doutrina, mas existe um certo consenso de que o espírito, quando está atuando no plano mais denso (que é o nosso caso, encarnados) manifesta-se através de sete corpos. Mais recentemente, no século XIX, Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, juntamente com os espíritos responsáveis pela codificação, classificaram o Homem como um ser composto de espírito, períspirito e corpo. O perispírito seria o conjunto de todos os outros corpos mais sutis, que as outras doutrinas preferem classificar separadamente. Conforme O Livro dos Espíritos, o perispírito vai se sutilizando, se eterizando conforme a evolução do espírito. Existe ainda o duplo etérico, que faz a intermediação do perispírito com o corpo carnal.
A projeção da consciência através do perispírito para fora do corpo físico é algo natural. Não tem nada a ver com mediunidade. Quase todas as noites nos projetamos, porém, o cérebro apresenta dificuldades para decodificar e registrar lembranças de eventos de quando a consciência está fora do corpo. Por isso, confundimos certas viagens astrais com sonhos.
Com o estudo profundo e a autoconscientização, torna-se cada vez mais fácil a lembrança dos eventos projetivos.
Mas qual seria a utilidade disso tudo?
Primeiro: aprendemos lições valiosas, não apenas por meio de livros, mas de forma prática, sobre a vida nos plano mais sutis.
Segundo: podermos ser úteis aos nossos semelhantes de forma mais eficaz, doando nosso amor em trabalhos de assistência extrafísica, servindo aos mentores espirituais como humildes auxiliares.
Por isso, a viagem astral (ou projeção da consciência) requer maturidade espiritual e amor ao próximo, caso contrário, ao invés de atrairmos a presença dos amparadores espirituais, atrairemos espíritos perturbados e obsessores, que aumentarão ainda mais o lixo amontoado em nosso egoísmo.
Repito: a saída do corpo é algo natural, todos fazem mesmo sem saber, mas a projeção lúcida requer responsabilidade e ética espiritual. É impossível desencarnar devido a uma viagem astral, mas é possível morrer sem nunca ter se projetado com lucidez.

Livro O que é viagem astral
Técnicas para realizar a projeção fora do corpo
Coleção Sem Mistério nº 7
Textos dos colaboradores da Revista Cristã de Espiritismo

Bom humor - Richard Simonetti

Sempre encarei com estranheza as imagens de Jesus crucificado, bem como a tendência de imaginá-lo carregando a "cruz das misérias humanas", em supremo sacrifício para salvação da Humanidade, a "lavar com seu sangue nossos pecados".
Atendendo a essa tendência, as igrejas medievais eram guarnecidas por vitrais escuros, que neutralizavam a luz solar, sustentando atmosfera de angústia e tristeza.
Os pregadores, solenes e monocórdios, repetiam em entonação dramática:
- Lembra-te de que ele sofreu para nos salvar!
Isso sempre me pareceu uma aberração, até porque o Espiritismo não situa Jesus como "o Salvador" no sentido empregado pelos teólogos: livrar o homem da danação eterna.
Veio para nos salvar da ignorância.
Foi abençoado professor, que renunciou às alturas e sujeitou-se a usar a pesada armadura física para mostrar-nos como caminhar mais depressa, rumo à gloriosa destinação.
Como quem fornece abençoado mapa ao viajor inexperiente, facilitou-nos a jornada, preservando-nos de desvios indesejáveis.
Uma das características do Espírito superior é o bom ânimo e, mais que isso, o bom humor, sempre atento aos aspectos positivos da existência.
Imagino que Jesus deu boas risadas, em várias situações, observando as trapalhadas dos companheiros, um tanto tardios em assimilar seus ensinamentos.
É bem ilustrativo o episódio em que João e Tiago, chamados "boanerges", filhos do trovão, em face de seu gênio impetuoso, propuseram um castigo aos habitantes da Samaria, que se recusavam a hospedar o grupo em trânsito por aquela região (Lucas, 9:51-56):
- Senhor, queres que mandemos que desça fogo do céu e os consuma, assim como fez Elias?
Tantas ilustrações e exemplos recebidos, relacionados com o perdão, a mansuetude, a compreensão, a misericórdia, a compaixão, e saiam-se os dois irmãos com aquele disparate!
Imagino Jesus rindo, ao explicar:
- Não vim para matar os homens, para para salvá-los.

Não tive a felicidade de conviver com Chico Xavier. Meus contatos com ele foram sempre superficiais, de passagem, mas os que com ele privaram exaltam seu bom humor e descontração, mesmo quando às voltas com "filhos do trovão".
Como demonstram seus biógrafos, Chico enfrentou existência repleta de lutas e dificuldades, mas, como todo missionário autêntico, era de índole alegre e risonha, a evocar sempre os aspectos positivos da jornada humana, sem queixas, sem vacilações.

Nestas páginas, ofereço ao leitor alguns episódios colhidos de fontes diversas, que transpiram o bom humor do médium, sua sabedoria e simplicidade, sempre fiel aos compromissos assumidos com a Doutrina Espírita.
É uma pálida amostra de uma existência inesquecível, alguém que dividiu o Espiritismo no Brasil entre antes e depois dele.
Nem sempre as citações envolvem motivo para o riso franco, mas, invariavelmente, nos oferecem material para saudáveis e bem-humoradas reflexões.
Bauru, dezembro de 2005
www.richardsimonetti.com.br

Introdução ao
Livro Rindo e Refletindo com Chico Xavier
Editora CEAC - Centro Espírita Amor e Caridade/Bauru-SP

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ao seareiro do Cristo - Icléia

Descansa, ó alma!
Descansa tua mente atormentada diante dos problemas intrincados que te desafiam a fé, a confiança em Deus!
Aprende a repousar em Cristo!
Ele é a fonte de todos os recursos e, enquanto te abrigares sob o seu manto, nada te faltará.
Aguarda confiante que novas oportunidades te cheguem para a consolidação de tudo o que até agora pudeste realizar e, sobretudo, aceita os gestos de solidariedade, permitindo que outras mãos se unam às tuas.
Não deixes, entretanto, que as múltiplas tarefas se tornem um peso demasiado sobre teus ombros. Deixa que outros corações aprendam como realizá-las, vivenciando contigo as lições de caridade e verás que, dentro do tempo, todos os objetivos serão alcançados e todas as metas cumpridas.
Tranqüiliza-te, porque a tranqüilidade é ingrediente imprescindível à conquista de qualquer vitória!
Entrega tuas ansiedades aos benfeitores que, amorosamente, acompanham-te, guardando a certeza de que tudo irá bem, se souberes sair de ti mesmo, para teceres a paz em redor de teus passos.
Abençoando as tuas lutas, estaremos contigo hoje como ontem, amanhã e sempre.

Livro Os Caminhos da Paz
Mensagens de diversos Espíritos recebidas no Lar de Tereza/RJ
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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Asserena-te - Icléia

Asserena-te!
As lutas são tão necessárias quanto os temporais que refrescam o ar, preparam a terra para a sementeira e despertam, no homem, a vontade de movimentar seus esforços no sentido de proteger a colheita.
Asserena-te!
A trovoada aterradora assusta, mas, porque já sabemos a sua origem, não mais a tememos.
Guarda a tua paz, sendo sereno no julgamento dos fatos, sóbrio no falar, confiante na busca de soluções, sem animosidades, sem discussões estéreis, sem acusações!...
Todas as coisas têm um lado positivo que precisas aprender a ver, porque é neste "saber ver" que se acumulam experiências.
Se te mantiveres sereno, conseguirás corrigir as possíveis distorções nascidas tão-só de tua inexperiência.
Crê e ora!
Jesus deseja que sejas vitorioso.
Trabalha mantendo a tua paz, e a alegria, como um sol, brilhará sempre em teu caminho!

Livro Os Caminhos da Paz
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O Esperanto num relance - Notas Gramaticais - Aŭtoro: Sylla Chaves

O Esperanto num relance - Notas Gramaticais
Esperanto en ekrigardo - Gramatikaj notoj
Aŭtoro: Sylla Chaves

Sumário
1. Pronúncia e terminações
2. Alfabeto e numeração
3. Tempo e objeto direto
4. Pronomes, acusativo e afixos: -in, -ul, etc
5. Particípios e afixos: -eg, -et, -ar, mal-, etc
6. Conjugação, direção e afixos: -ej, -an, etc
7. "Kia", cores e afixos: -ebl, -ind, -il, etc
8. Correlativos e preposições
9. Sufixos: -on, -obl, -op e -um
10. Palavras compostas
Notas complementares

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Pensa um pouco - Icléia

Sempre que o desânimo ou a dúvida assaltar teu coração ansioso, contempla a retaguarda e reflete:
- a tua caminhada se iniciou sob a proteção de Deus, que reconhecia a tua fragilidade e, nem por isso, negou a confiança em teu futuro, concedendo-te os meios de alcançá-lo, embora, muitas vezes, esses meios fossem imperceptíveis aos teus olhos;
- começaste pequenino, milhares de vezes, acariciado por mãos dadivosas, justamente para poderes realizar, sem violências, o teu crescimento espiritual e adquirir discernimento;
- ao longo dos milênios, quantas vezes tombastes? Decerto, perdeste a conta de tuas quedas, mas a Justiça Divina não te aniquilou!... Não ouviste, em nenhum momento, a voz de Deus te reduzindo a nada ou lançando sobre ti violentos anátemas, pelo contrário, sua misericórdia sempre te ofereceu condições para o reerguimento;
- quantas vezes andaste nas trevas? Se esqueceste, é porque hoje já te felicitas com a luz.
Assim, não permitas que as dúvidas e a descrença, novamente, conduzam-te a caminhos que já percorreste de alma ansiosa e infeliz.
Ergue tua fronte! Pensa na bondade de Deus, nosso Pai!
Agradece-lhe as bênçãos que sobre ti ele derrama, em forma de trabalho redentor, e prossegue, candidatando-te a te tornares, definitivamente, um aprendiz fiel e srevidor humilde.
Enche-te de esperança e guarda-te em paz.
Dentro do tempo, todas as lutas serão vencidas! Tuas forças serão renovadas!
Acalma-te, confia e prossegue, porque a vitória será sempre daqueles que perseverarem, mesmo sofrendo, até o fim!

Livro Os Caminhos da Paz
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quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Ternamente - Icléia

Teu filho é como uma avezinha ainda implume, buscando o calor de teu regaço.
Aconchega-o, ternamente, e medita: um dia, no plano do espírito, ele escolheu teu coração como doce abrigo de suas esperanças.
Não lhes negues o reconforto de tua presença. Não o deixes entregue a si mesmo, para que suas esperanças não se transformem em solidão.
Se o vires chorando, recolhe-o em teus braços e indaga-lhe o motivo de seu pranto.
É possível que ele não saiba ainda verbalizar o que sente, mas, se o afagares, pacientemente, se cantares ao seu ouvido e lhe disseres: "Filhinho, eu estou aqui...", decerto ele se sentirá seguro e confiante.
Muitas vezes, ele só sente medo... Medo do que ainda não conhece, medo de ficar só...
Desde cedo, ensina-lhe o valor da oração. Fala-lhe de Jesus que é a nossa segurança!
Compartilha com ele as horas de alegria, sorrindo, brincando, curtindo ao seu lado esses momentos de felicidade, para que, desde cedo, ele saiba que esses momentos existem e que é bom vivê-los ao lado daqueles que nos amam!
Um dia, também buscaste um regaço...
Se o encontraste acolhedor e amigo, transfere para teu filho o quinhão de paz que já desfrutaste.
Se ele te foi adverso, recorda o sofrimento que a rejeição te causou, e não a transfiras para teu filho, porque só conseguiremos apagar a nossa dor, quando deixarmos que a água-viva do Amor se esparza através de nossas mãos, suavizando a dor que viceja em torno de nós.
E, debruçando-te, docemente, sobre essa flor que de ti nasceu, dize-lhe baixinho:
- Meu filhindo, Deus te abençoe!

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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Palavras amigas - Bezerra

Nestes momentos de tantas dificuldades para o mundo e sua Humanidade, é preciso que mantenhamos a firmeza de nossa fé, assegurando a continuidade de nossas tarefas nas leiras de Jesus.
Não nos deixemos abater!
Evitemos a posição de fuga diante das lutas, porquanto elas surgem, não para nos derrotarem, mas para libertar-nos, representando sempre a oportunidade de crescimento e discernimento, até que atinjamos nossos ideais.
Crescei, portanto, em coragem e disposição de servir.
Não são as mudanças externas que determinam as modificações no trabalho a ser realizado, mas sim, a mudança da postura íntima de cada trabalhador frente às responsabilidades assumidas.
Mais amor - menos julgamentos.
Mais caridade - menos cobranças.
Mais devotamento - menos vaidade.
Mais doação de si mesmo - menos orgulho.
Tais são as condições do real crescimento com Jesus na Casa onde desejais servir em seu nome.
Que o Senhor nos abençoe, hoje e sempre.

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sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Permanecei atentos! Júlio

Atentai, noite e dia, para tudo o que vos cerca.
Que não se perca o minuto presente em indecisões e amarguras.
A vida é luta e ação! Ação que se processa de modo interminável, porque interminável é o processo que nos conduz à perfeição.
Não estacioneis na aprendizagem passada, porquanto, à frente, há muito mais a ver, ouvir e aprender.
Não esqueçais que o Universo todo se renova, porque os seres inteligentes - Criação Divina - não estão fadados a estacionar.
Crescei e multiplicai deveres e serviços, aprendendo a dinâmica que existe em tudo o que foi criado por Deus.
Viver é gerar luz!
Viver por viver, aqui ou além, é desperdício de bênçãos valiosas, bênçãos que se tornam degraus, sem os quais jamais atingireis o Reino de Deus!

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quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Mal e Bem - Júlio

Galgarás o monte de tua sublimação se a cada dia:
- esquecido de ti mesmo, te devotares ao bem dos outros;
- não desejares nada além daquilo de que realmente necessitas;
- não condenares os erros nem apontares as quedas dos que, ao teu lado, também estejam tentando subir.
Observa, portanto, que depende de ti aplainar teu caminho, porque egoísmo, crítica ou ambição são pedras que, arremessadas por nós contra as estradas alheias, voltarão à nossa própria estrada, dificultando-nos a caminhada.
Se desejas seguir monte acima, ergue-te em cada manhã, deixando que apenas o Bem te inspire, e o Bem nascendo em ti será como brando perfume, amenizando o rigor da subida.
O Mal, onde e como surja, complica e destrói. É abismo sob nossos pés. É corrente aprisionando-nos os passos.
O Bem, como e onde surja, simplifica e constrói. É o céu acenando-nos em plenitude de luz! É a Força de Deus, libertando-nos para sempre!

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Anjos do cotidiano - Adilson Luiz Gonçalves

Existem pessoas que são capazes de recitar obras-primas inteiras ou explicar cada frase ou pensamento dos grandes filósofos; mas, apesar da cultura e inteligência, que ostentam, são incapazes de expressar uma única frase sua, que sirva de conforto ao próximo, que às vezes nem reconhece como semelhante, em momentos de real fragilidade emocional. De que adiantam discursos e sermões, plenos de impostação, citações e dialética, se vazios de sentimentos honestos e sinceros?

Mas também há pessoas capazes de entender o sofrimento dos outros e consolá-los, de esquecer um pouco de si próprias para solidarizar-se. Infelizmente, insensibilidade, alienação e submissão a valores impostos, impedem de reconhecermos essa benção, negando-lhes uma vida mais leve e feliz. Alguns confundem esse excesso de humanidade e altruísmo com fraqueza ou falta de ambição, da qual tiram proveito inescrupuloso. Não é a toa que existem tantos santos, vítimas dos erros da humanidade. Eram todos humanos; sofreram pelas mãos dos que se sentiram incomodados, ameaçados ou atraídos de forma torpe pela sedução angelical de suas almas. Para canonizá-los é necessário um longo processo, mas às vezes basta olhar ao redor para constatar a presença de novos, entre nós, que com uma simples palavra são capazes de operar milagres anônimos. E tudo sem exigirem nada em troca! Esses santos do cotidiano não se consideram diferentes e são naturalmente bons. Não fazem culto a si próprios, nem terão seus nomes registrados em ruas e praças; mas são pródigos em sua infinita capacidade de amar, mesmo que esse amor não seja correspondido.

Tenho a felicidade de conviver com algumas dessas pessoas. Muitas vezes sinto-me fascinado e indigno ao observar seus gestos, atitudes e palavras. Sinto-me abençoado por tê-las tão próximas e por ter a oportunidade de tentar retribuir um mínimo do enorme bem que me fazem, apenas por existirem. Se não podemos servir-lhes de bálsamo e aconchego, que ao menos nosso egoísmo, arrogância, inveja, covardia, preconceitos, frivolidades, obsessões e culto às aparências não lhes sejam pedras no caminho. Quem sabe, assim, tenhamos menos santos mártires - vítimas da estupidez de seus semelhantes - e uma humanidade mais santa, onde a língua dos anjos e as dos seres humanos seja uma só: o esperanto do amor!

Adilson Luiz Gonçalves é Mestre em Educação, Escritor, Engenheiro, Professor Universitário (UNISANTOS e UNISANTA) e Compositor
Jornal Última Hora - Campo Grande, MS, Brasil

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Roteiro - Valério

Não condenes a falta!
Compreende os motivos de quem errou e ajuda-o a acertar.
Não apontes as falhas do próximo!
Examina-te primeiro e considera como é penosa a correção.
Não desdenhes a luta de teu irmão!
Se já venceste a tua, recorda como foi difícil vencê-la.
Não sustentes o desânimo e a tristeza onde quer que os encontres!
Ajuda a dissipá-los com a luz de tua alegria.
Corrige, amando...
Ampara, sorrindo...
Restaura, com carinho...
Ilumina, renovando.
Este é o roteiro!
Se o seguires, encontrarás a luz imperecível que te acompanhará, não apenas hoje e amanhã, mas pelo infinito dos tempos!

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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Agradece sempre - Valério

Rende graças todas as vezes que:
- a pedra te ferir os pés, induzindo-te à paciência;
- a ofensa te alcançar, convidando-te ao perdão;
- a luta te convidar ao esforço maior;
- a treva requisitar-te a acender uma luz.
Pela aceitação dos percalços naturais da jornada, serão reconhecidas as tuas disposições de realmente ascender nos rumos da perfeição, porquanto, sem que aceites as dificuldades e enfrentes os tropeços, não te distanciarás dos baixios da inércia, e a indecisão será a tua marca individual.
Não peças, portanto, o afastamento de tuas provações. Suplica, sim, a coragem para aceitá-las e vencê-las.
Não fujas das dificuldades. Roga, sim, ao Pai, forças para superá-las.
Abandona, definitivamente, o vale e segue para o monte!
Do vale, poderás divisar o céu, mas subindo o monte estarás mais próximo dele.
Rende, pois, graças pelas sucessivas experiências, confiando em Deus e em ti mesmo, porque só assim construirás o teu futuro, usando as próprias pedras como degraus de subida.

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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Diante das lutas - Icléia

Muitas vezes te sentirás derrear ante as lutas que se avolumam, cobrando-te paciência e fé.
Não te amedrontes!
Prossegue firme, conduzindo o barco de tua vida sob a inspiração do Bem e, logo, te sentirás senhor de ti mesmo, até que chegues ao fim da jornada.
De outras vezes, te surpreenderás envolvido pela solidão, beirando o desânimo, como se nada mais te restasse fazer senão entregar-te ao pranto desalentador.
Reage, porém, firmemente, para que essa nuvem traiçoeira não te impeça a visão das metas que te determinaste alcançar.
Não estás só! Nunca estarás!
Ergue-te e avança!
Confia em teu futuro de espírito imortal. Todas as provas cessam, quando confirmamos nossa disposição de vencê-las, encontrando em todas elas as lições superiores da vida.
Arrima-te em Deus! Ele é a nossa indestrutível fortaleza. Embora as ondas da descrença se esbatam contra essa rocha divina, é sobre ela que devemos erguer o nosso refúgio!
Prossegue, meu irmão, confiante, apesar das lutas!
Ao final dos testemunhos verás, renovado, que a realização de teus mais altos ideais dependeu apenas de tua fé na justiça de Deus, que premia sempre os que sabem crer, esperar e perseverar até o fim!

Livro Os Caminhos da Paz
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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Deve-se abortar um anencéfalo? - Dr. Ricardo Di Bernardi

Inicialmente, lembramos que anencéfalo, embora seja considerado sem cérebro, na realidade é portador de um segmento cerebral, estando faltando regiões do cérebro que impossibilitarão sua sobrevivência pós-parto.
A fim de colocarmos a visão espírita sobre este importante problema, exemplificaremos com um caso real. Usaremos nomes fictícios.
João e Maria eram casados há dois anos. A felicidade havia batido à sua porta. Maria estava grávida. Exultantes, procuraram o médico obstetra para as orientações iniciais. Mil planos ambos estabeleceram. Ao longo dos meses, no entanto, foram surpreendidos, através do estudo ultrassonográfico, pela triste notícia de que seu bebê era anencéfalo. Ao serem informados, caíram em prantos ao ouvirem a proposta do obstetra lhes oferecendo o abortamento. Posicionaram-se contrários, explicando sua visão espírita.
- Trata-se de um ser humano que renasce precisando de muito amor e amparo. Nós estaremos com nosso filho (a) até quando nos for permitido.
- Mas, esta criatura não vai viver além de alguns dias ou semanas na incubadora, disse o obstetra.
- Estamos cientes, mas até lá seremos seus pais.Guardavam, também, secretamente, a esperança de que houvesse algum equívoco de diagnóstico que lhes proporcionasse um filho (a) saudável.
Durante nove meses dialogaram com seu bebê, intra-útero. Disseram o quanto a amavam. Realizaram, semanalmente, a reunião do Evangelho no Lar, solicitando aos mentores a proteção e amparo ao ser que reencarnava.
Chegara o grande momento: em trabalho de parto, Maria adentra a maternidade com um misto de esperança e angústia. A criança nasce; o pai ao ver a filho sofre profundo impacto emocional, tendo uma crise de lipotímia (desmaio). O bebê anencéfalo sobrevive na incubadora com oxigênio durante 84 horas. Há um triste retorno ao lar.
Passam-se aproximadamente 2 anos do pranteado evento. João e Maria, trabalhadores do instituto de cultura espírita de sua cidade, freqüentavam, na mencionada instituição,a reunião mediúnica, quando uma médium em desdobramento consciente informa ao coordenador do grupo:
- Há um espírito de uma criança que deseja se comunicar.
- Que os médiuns facilitem o transe psicofônico para a atendermos, responde o dirigente.
Após alguns segundos, uma experiente médium dá a comunicação:
- Boa noite, meu nome é Shirley. Venho abraçar papai e mamãe.
- Quem é seu papai e sua mamãe? - São aqueles dois – disse, apontando João e Maria.
- Seja bem vinda, Shirley, muita paz! Que tens a dizer?
- Quero agradecer a papai e mamãe todo o amor que me dedicaram durante a gravidez. Sim, eu era aquele anencéfalo.
- Mas você está linda agora.
- Graças às energias de amor recebidas, graças ao Evangelho no Lar, que banharam meu corpo espiritual durante todo aquele tempo.
- Como se operou esta mudança?
- Tive permissão para esta mensagem pelo alcance que a mesma poderá ter a outras pessoas. Eu possuía meu corpo espiritual muito doente, deformado pelo meu passado cheio de equívocos. Fui, durante nove meses, envolvida em luz. Uma verdadeira cromoterapia mental que gradativamente passou a modificar meu corpo astral (perispírito). Os diálogos que meus pais tiveram comigo foram uma intensa educação pré-natal que muito contribuíram para meu tratamento. Eu expiei, no verdadeiro sentido da palavra. Expiar é como expirar, colocar para fora o que não é bom. Eu drenei as minhas deformidades perispirituais para meu corpo físico e fui me libertando das minhas deformidades. Como meus pais foram generosos! Meu amor por eles será eterno.
- Por que estás na forma de uma criança, já que te expressas tão inteligentemente?
- Porque estou em preparo para o retorno. Dizem meus instrutores que tenho permissão para informar. Meus pais têm o merecimento de saber. Devo renascer como filha deles, normal, talvez no próximo ano.
Após dois anos renasceu Shirley, que hoje é uma linda menina de olhos verdes e cabelos castanhos, espírito suave e encantador.
Consideramos respondida a questão: deve-se abortar um anencéfalo?

Dr. Ricardo Di Bernardi é presidente do Instituto de Cultura Espírita de Florianópolis, o ICEF. www.icef-sc.com.br

O que esperais? - Um Espírito amigo

Quando o homem se propõe a servir e a trabalhar compara-se a alguém que dispõe de algumas sementes na mão, encontrando aqui e acolá a oportunidade de semear.

Quando, no entanto, suas intenções se solidificam, e como servo fiel se firma no dever, as sementes se multiplicam; multiplicando-se, igualmente, as ocasiões para o plantio.

Urge que o semeador dinamize o ato de semear, sem se perder à procura da melhor hora, pois ele tem condições de ampliar seu serviço, quando se ampliarem as necessidades.

O tempo, na Terra, convoca os trabalhadores ao exercício ativo, constante.

A semeadura não espera, já que as sementes aí já estão, em vossas mãos, prontas para germinar!

Neste momento, o trabalho é responsabilidade daquele que recebeu a tarefa, cabendo-lhe, portanto, não desanimar, intensificar as forças, não desprezar oportunidades.

É hora de semeadura múltipla nos corações e nas mentes, na vida em sociedade, na vida em família.

Muitas existências já se passaram, preparando a trajetória de cada semeador.

O convite foi feito, o desafio foi lançado, as sementes já estão nas mãos - o que esperais?

Este é o momento!...


Livro Os Caminhos da Paz
Mensagens de diversos Espíritos recebidas no Lar de Tereza/RJ
Edições Léon Denis

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Lembretes oportunos - Júlio

Na humildade constante, encontrarás o refúgio seguro para tuas inquietações.
Na fidelidade aos ideais que elegeste, encontrarás o amparo necessário nos momentos cruciais, quando és testado em tua convicção, em tua fé.
Na doce lembrança de Jesus Nazareno, teu espírito se eleva em ondas de amor e poesia a te resguardarem dos ataques das sombras que te buscam de surpresa.
No cultivo da prece diária, serás suprido de energias renovadoras, que fortalecerão teus laços com a Pátria do Infinito.
Na comunhão com Deus, através do amor incondicional a todos os seres, encontrarás a sublimidade da Paz - inconfundível vestimenta - resguardando-te de todo e qualquer perigo que o mundo possa apresentar-te.
Pelo serviço do Bem e pela Caridade, serás amparado por esse imenso exército de trabalhadores da luz que, há muito, aguarda, pacientemente, a tua transformação espiritual.
Prossegue, pois, com Fé e Amor, nas lutas de cada dia, mantendo viva a Caridade para com tudo e com todos, em toda e qualquer situação.
Só assim encontrarás o anjo da luz, que acenderá em teu coração a chama eterna da paz com Jesus!

Livro Os Caminhos da Paz
Mensagens de diversos Espíritos recebidas no Lar de Tereza/RJ
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segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Receita - Um amigo espiritual

Receita todos gostam de dar.
Somente Jesus soube doar.
Evangelho - receituário de amor em todas as soluções e dinamizações.
Para temperamentos difíceis - gotas de paciência e benevolência diluídas na água-viva do Amor.
Para temperamentos biliosos, nada melhor que o ungüento do perdão - o ódio é a chaga da alma.
Úlceras e pruridos - aqueça o óleo da fraternidade e com ele friccione o seu espírito.
Para ansiedades e depressões - a dosagem do Amor será homeopática. Nas crises - de dez em dez minutos, pensamentos otimizados pelo Amor, intercalando as horas vazias com o trabalho no Bem, porquanto o Bem é poderoso elixir, verdadeiramente transformador, curador.
Pitadas de Amor - recomenda-se a todo instante. Sem contra-indicações! Sorriso fraterno aqui, uma vibração amorosa acolá...
Pó da Solidariedade - excelente calmante. Dissolva em meio copo de ternura e tome-o, todas as vezes em que o orgulho inflame seu espírito. Como auxiliar neste tratamento insista com a vacina da Humildade em gotas de Silêncio. Estas deverão ser ingeridas sempre que a cólera - tóxico de extremo perigo para o ser - provocar agonias e sufocação, como efeitos colaterais do egoísmo e do melindre.
Todavia, se houver interesse em adiantar o tratamento, deverão ser incluídas nesta receita espiritual as vitaminas da Caridade... Elas são excelentes para a robustez do espírito, portanto, são sempre recomendáveis.
Esta receita é de um Médico Amigo - Jesus!

Livro Os Caminhos da Paz
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sábado, 18 de outubro de 2008

Súplica - Bezerra de Menezes

Senhor, convidaste-nos a viver o clima de fratenidade, quando estrugem os conflitos dissolventes e se estabelecem os combates ignominiosos.
Elegeste-nos para o labor de edificação do reino de Deus, quando falecem as aspirações do sentimento humano no tresvariar da civilização hodierna.
Impuseste-nos o ensejo renovador, no qual encontramos a diretriz de felicidade intransferível, quando nimbos borrascosos se acumulam nos céus da cultura ética da sociedade.
Estabeleceste o roteiro de renúncia pessoal em favor da solidariedade humana, quando o poder, conduzindo o ginete da guerra, espalha a escravidão sob pretextos injustificados na dominação arbitrária da economia internacional ou por meio das imposições que denigrem os sentimentos de liberdade humana.
Chega a nossa vez de desvelar-Te, arrancando-Te das paisagens obscuras do passado, para colocar-Te na condição de Líder Insuperável que comanda os homens pelo amor, levantando barreiras ao ódio e diluindo todas as expressões viróticas que são efeitos do egoísmo, ou através do incêndio no qual fazes arder os sentimentos que estavam adormecidos antes de encontrar-Te.
Ajuda-nos, Senhor, a fazer jus à responsabilidade com que nos dignificas, a servir com acerto sob o Teu comando e a colaborar com dedicação, seguindo-Te em paz.
Há diversões pelo caminho, veredas atraentes que são de alucinação e equívoco, na paisagem imensa que nos convida, fascinante; no entanto, rica de calhaus, de dardos pontiagudos e de abismos disfarçados...
Faz-se necessária a Tua orientação constante, para que nos não detenhamos ou não venhamos a rumar pela trilha que nos levará ao corredor da alucinação...
Por isso, Senhor, nessa oportunidade, como antes, exaltamos-Te a figura impoluta e dizemos-Te que aqui estamos, aguardando a Tua palavra de ordem, para implantar, dentro de nós mesmos, o primado do espírito imortal, e espalhar, em derredor, este reino de esperanças com que nos acenas.
Faze que logremos o êxito, na tentativa que se repete, hoje, sob as bênçãos luminescentes da Doutrina Espírita, o Consolador que nos mandaste, para alcançarmos o clímax da felicidade por que anelamos.

Livro Compromissos Iluminativos
Pelo Espírito Bezerra de Menezes
Médium Divaldo Pereira Franco
Centro Espírita Caminhos da Redenção/Salvador/Bahia/Brasil
Livraria Espírita Alvorada Editora - LEAL
1990

Vento - Ninaoble

Vento que leva meus amores
Assim tão distantes ainda posso amá-los?
Passo aqui por sufocos e horrores
Como conseguirei suportá-los?

Balança forte essas árvores e folhas
Vento, o senhor me assusta
Com todo meu espanto
Parar um pouquinho o que custa?

Ai de mim e das lágrimas
O senhor já não tem mais o que levar
Se queres só a mim
Então só eu vou bastar

Nina
14out08

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Enxuga teu pranto - Icléia

Sofrendo, lutando, chorando embora, prossegue, alma irmã, em tua trajetória.
Não te faltarão os recursos necessários para o prosseguimento das tarefas que aceitaste como portas abertas à tua jornada redentora.
Os problemas que ontem ameaçavam tua paz interior foram vencidos e, por isso mesmo, os que hoje se te apresentam devem te encontrar mais fortalecida, porque estás mais firme na fé.
Mudanças são sempres sinais positivos no caminho da evolução. Se assim não fosse, a Terra não se moveria, determinando a mudança das estações, oferecendo ao homem a diversidade dos climas que enriquecem a vida humana; a noite não sucederia ao dia; não haveria aurora nem ocaso; a semente não se converteria em flor, e a flor, em fruto!
A hora que hoje vives não é a mesma que viveste ontem, nem será a que viverás amanhã.
Aceita, pois, as mudanças que diferenciam o teu hoje do ontem que já se foi...
Observa, atentamente, as circunstâncias que se te apresentam, ora como lições, ora como advertências, ora te trazendo inesperadas alegrias, ora te convidando a maiores reflexões.
Contorna os obstáculos com a segurança que o conhecimento te oferece e caminha firma, arrimando-te em tudo o que já crês.
Contigo estaremos em teus momentos de oração e todas as vezes em que tuas mãos se movimentarem nos serviços do bem.
Dentro das leis da Justiça Divina, receberás conforme tenhas dado; e, dentro da Lei de Misericórdia, oportunidades te serão oferecidas, para que, aproveitando-as, venhas a merecer cada vez mais.
Enxuga o pranto oculto, ergue tua fronte e prossegue!
O Senhor estará contigo hoje, como ontem e amanhã, como sempre!

Livro Os Caminhos da Paz
Mensagens de diversos Espíritos recebidas no Lar de Tereza/RJ
Edições Léon Denis

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Encarnado Sou - Teatro

1º Grupo: encarnados (somente homens).
Vestem-se seus componentes de encarnado (vermelho).

2º Grupo: azuis (somente mulheres). Vestem-se seus componentes de azul.

ENTRADA

Sobre o palco, os grupos ficam em lados opostos, imóveis, de frente para o público, porém, os encarnados olhando para cima – narizes empinados – e os azuis de cabeça baixa, humildes.
O maestro localiza-se entre os dois grupos, um pouco à frente, mais próximo do público.

COMEÇA O ESPETÁCULO

Maestro: - Que os encarnados tenham vida.
Os encarnados começam a cantar:
(Nós somos as cantoras do rádio...)
“Nós somos os encarnados da Terra/Levamos a vida a cantar/De dia buscamos o bem-estar material/À noite o prazer da carne é que virá.”

Os encarnados param, imóveis, olhando para cima.

Maestro: - Agora os azuis.
Os azuis começam a cantar:
“Nós somos os azuis, azuis, azuis/Gostamos de cantar, lá, lá, lá, lá/Estamos sempre trabalhando, lhando, lhando,/Para o próximo, para o próximo/Para o próximo ajudar.”

Os azuis ficam imóveis, olhando para baixo.

Maestro: - Os encarnados cantam. (Meu limão, meu limoeiro...)
“Meu baú, meu dinheiro/Minha vida, meu apego/Uma vez... tá com fome?/Sai prá lá/Outra vez... vai chorar?/Não quero ouvir, pode parar/Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá/Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá.”
Os encarnados ficam imóveis, na posição que pararam.

Maestro: - Os azuis cantam. (O cravo brigou com a rosa...)
“O encarnado brigou com a sogra/Debaixo de uma latada/O encarnado saiu ferido/E a sogra... desencarnada./O encarnado ficou doente/A sogra foi visitar/O encarnado deu um desmaio/E a sogra pôs-se a chorar.”

Os azuis ficam imóveis, na posição que pararam.

Maestro: - Os encarnados cantam. (Ô, lê, lê, ô, lá, lá, misturei carimbó, siriá...)
“Ô, lê, lê, ô, lá, lá,/Misturei frango com vatapá/Frango é gostoso/Quando como não consigo parar./A mistura que eu fiz,/Minha esposa nem olhou/Mas eu estou com fome/Quero ver se algo sobrou.”

Os encarnados ficam imóveis, como se fossem cachorrinhos famintos.

Maestro: - Os azuis cantam.
“Desceu sobre mim,/Como réstia de luz/Esta mensagem/Do Mestre Jesus:/Ama, perdoa e sê paciente,/E me sentirá sempre presente./Procura da vida a compreensão,/Na dor e na alegria/Vê sempre uma nova lição/Transforma em beleza/O amor que a mim conduz./É esta a mensagem/Do Mestre Jesus.”

Os azuis ficam imóveis, olhando para os encarnados, com um leve sorriso.

Maestro: - Os encarnados cantam. (Eu não sou daqui, eu não tenho amor...)
“Eu sou daqui/Encarnado sou/Eu não tenho amor/Encarnado sou/O meu coração é de pedra/Encarnado sou/Como sinto dor/Encarnado sou./Ô azul, ô azul/Leva eu prá tu/Não agüento mais esta vida/Sou sofredor, ô, ô/Quero ir, quero ir/Para o Centro Espírita, ô, ô/Leve-me daqui/Venha que eu vou, ô, ô.”

Os encarnados param, sorridentes, com os braços abertos, olhando para o público.

Maestro: - Que entre o Centro Espírita. (Eu sou um coelhinho,...)
Uma pessoa caracterizada como Centro Espírita entra no palco, posiciona-se entre os dois grupos e começa a cantar:
“Eu sou o Centro Espírita/Eu o convido meu irmão/Venha para a luz/O Evangelho te conduz.”

Nesse momento, com o Centro Espírita no centro, os dois grupos misturam-se entre si, abraçam-se e cantam.
“Que alegria é estudar o Evangelho/De noite e de dia/Ama o seu irmão./Jesus nos mostrou o caminho/O amor e o perdão./Seus ensinamentos/Ao Pai nos conduz/Servir ao próximo/É ato que reluz.”

O Centro Espírita destaca-se dentre os demais, vai para a frente e fala:
- Como diz Kardec,
Todos cantam:
“Não há salvação fora da caridade.”

F I M

Rumo Certo - Valério

Silencia a voz áspera, fazendo nascer a calma através da palavra pacificadora.
Sustém o gesto irritado e desdenhoso, dando lugar à mão que afaga e cura.
Cessa o pensamento perturbador, para que ondas harmônicas preencham teu ser.
Ameniza o sopro destruidor da inquietação, optando pela decisão de construir.
Decide os rumos de teus passos, ora, trabalha, ama e serve sem recuos.
Só assim entenderás por que Jesus afirmou:
"(...) a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo dá (...)"

Livro Os Caminhos da Paz
Mensagens de diversos Espíritos recebidas no Lar de Tereza/RJ
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terça-feira, 14 de outubro de 2008

Gratidão - Júlio

Sejamos gratos:
- ao amigo que nos apóia nos momentos de crise e ao inimigo que nos leva ao exercício do perdão;
- ao companheiro que nos compreende as falhas e àqueles outros que, criticando-nos, desperta em nós a necessidade de acertar;
- ao filho que se revela obediente e amoroso, sustentando-nos nas lutas familiares mas, igualmente, ao filho rebelde que nos convoca ao treinamento da paciência.
Saibamos agradecer os momentos de alegria que nos fazem pensar na misericórdia de Deus, mas louvemos, também, os momentos sombrios e as lágrimas vertidas nas dores maiores, forçando-nos a refletir sobre a nossa pequenez.
E, sobretudo, procuremos compreender que, entre as sombras e as luzes, as dores e as alegrias, devemos agradecer ao Pai a dádiva do tempo, porquanto, só o tempo nos ajuda a vencer a distância entre o que somos e o que deveremos vir a ser.

Livro Os Caminhos da Paz
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Edições Léon Denis

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Conduta Espírita - Aurélio

Na grande romagem da fé, entre todos os que crêem, o espírita se destacará por sua conduta, sempre que:
- abençoar a luta em vez de maldizê-la;
- socorrer o irmão caído em vez de julgá-lo;
- compreender o erro em vez de divulgá-lo;
- estender mão amiga ao fracassado em vez de repudiá-lo;
- aplaudir o vitorioso em vez de invejá-lo.
Por sabermos o quão difícil é manter essa conduta, devemos recordar o quanto foi sábio o Codificador ao afirmar que o verdadeiro espírita será reconhecido pelos esforços que empregar em sua renovação moral.
Assim sendo, coloquemos em nossa agenda diária, como programa que não pode ser esquecido:
- o amor que se desdobrará em alegria;
- a realização de uma boa obra, que, por menor que seja, se converterá em paz;
- a doação da esperança que acenderá a luz da coragem;
- a espontaneidade de um sorriso que amainará o calor da ofensa;
- a palavra de perdão que diluirá a sombra do ódio.
Se, adentrando o conhecimento espírita, conseguirmos, com fidelidade, atender a um só item que seja deste programa, poderemos afirmar, sem sombra de dúvida, que a Doutrina Espírita adentrou, igualmente, o nosso coração, para nele se firmar em bases seguras, e nele permanecer para todo o sempre!

Livro Os Caminhos da Paz
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Edições Léon Denis

Doze conselhos para se ter um infarto feliz - Dr. Ernesto Artur - Cardiologista

1. Cuide de seu trabalho antes de tudo. As necessidades pessoais e familiares são secundárias;

2. Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder também aos domingos;

3. Se não puder permanecer no escritório à noite, leve trabalho para casa e trabalhe até tarde;

4. Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo que lhe solicitarem;

5. Procure fazer parte de todas as comissões, comitês, diretorias, conselhos e aceite todos os convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios, etc;

6. Não se dê ao luxo de um café da manhã ou uma refeição tranqüila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes;

7. Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, tempo é dinheiro;

8. Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro;

9. Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado. Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo;

10. Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego e pintar aquela dor de estômago, tome logo estimulantes, energéticos e anti-àcidos. Eles vão te deixar tinindo;

11. Se tiver dificuldades em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.

12. E, por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração, meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida. Isto é para crédulos e tolos sensíveis.

Repita 3 vezes para si mesmo: - Eu não perco tempo com bobagens.

E tenha um infarto daqueles...

Boa sorte!!!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Você

Você, ah! Você,
Que me provoca,
Com seu jeito de ser.
Tem um não sei o quê,
Que me chega
Não sei porquê.

Por que será?
Por que será?

Será que eu sei,
Mas não quero entender?
Será que foi o amor
Que brotou em meu viver?

Será, será?

A vida é assim,
Eu digo isso por mim.
O medo de amar
É o que me faz sofrer.

Não quero mais viver,
Viver sofrendo assim.
Agora quero só você,
Que me provoca
Com seu jeito de ser.

José Roberto Alves de Albuquerque
1984 Fortaleza

Uma flor para Hiroxima

Por entre caminhos,
Por entre espinhos,
O novo se fez.

A busca começa,
O homem à frente,
O sol tem seu lugar.

Música, música,
Entre o espontâneo
E o forçado,
Vem-me encontrar.

No sabor, no cheiro
À brisa do mar.

Renasce Hiroxima,
Voa para o céu,
Conquista o teu cantar.

José Roberto Alves de Albuquerque
1988 São Paulo

Sensibilização

Corpo, instrumento do meu ser,
Por onde sinto a vida,
Desde a solidão do inabitado
À alegria da amizade.

Será que te conheço?
Creio que não.
Então como posso
Bem sentir a vida?

Como posso mergulhar sem molhar-me?
Respirar sem sentir o ar,
Comer sem sentir o gosto,
Amar sem sentir amor?

Quero conhecer-me,
Desfrutar de todas sensações,
Fazer evoluir meu espírito,
Buscar o meu desconhecido.

Quero que me leves, ó corpo,
Deste mundo ao infinito,
Da infinidade do universo
À minha menor célula.

Quero ouvir contigo
O canto dos pássaros,
O borbulhar das águas,
Nos rios, nos mares, na terra.

Quero sentir o cheiro,
O corpo de quem me ama,
Ver o brilho ofuscante
Do marrom de seus olhos.

Ó corpo, vens comigo,
Vamos te descobrir.
Mostra-te por completo,
Desvenda-me teus mistérios.

José Roberto Alves de Albuquerque
1987 São Paulo

Rosa-espinho

No início, uma dormência.
No corpo, um sufoco.
O querer tocar impedido,
Não realizado.

Mãos que se tocam,
Alívio do espírito.
De repente, suavemente,
O sentir total, desejado.

Na dança dos braços,
A harmonia do círculo.
Nos movimentos circulares,
Um levantar ritmado.

No solo, um tocar,
O contato espírito-matéria.
No tato, aspereza, mal-estar.
Em seguida, o suave.

Uma viagem que acontece
Entre um suspiro e outro.
A aventura do contraste,
O contraste do belo.
Rosa espinho.

José Roberto Alves de Albuquerque
1987 São Paulo

Na floresta tropical

Vejam só, que negócio é esse,
Uma raposa querendo ser presidente,
Um sapo querendo ser seu vice,
E eu, e eu com isso?

Na floresta tropical,
A cobra fala mal
Do tamanduá , seu concorrente,
Na disputa eleitoral.

Esse jogo prá mim é sujo.
Esse jogo não vale nada.
Não dou nenhum tostão,
Seja cruzeiro ou real.

José Roberto Alves de Albuquerque
1994 São Paulo

Retalhos

Andam dizendo por aí,
Que já não gosto mais de ti.
Isto é mentira, não é verdade.
Pois, gosto, gosto muito de você.

O meu amor não é como tormenta,
Que passa deixando destruição.
O meu amor é como brisa mansa,
Que veio refrescar teu coração.

Cinturão verde,
Um sorriso no espelho,
Um perfume gostoso,
E lá vai você, mulher.

Como quer você vai,
Rainha de seu caminho.
Todos querem te saudar,
Com os olhos fixos em você.

Aquele cheiro moreno
Aquele cabelo em flor,
Depois que parti,
Perdi meu amor.

A fruta saborosa,
Os seus lábios doces,
Doces como mel.
O desejo contido.

José Roberto Alves de Albuquerque
1984 Fortaleza

Operário do Tijolo

Minha casa é de barro
Não é de tijolo como as de cá
Mas eu prefiro a minha
Porque é nela que meu amor está

Quando em casa estou
Nem lembro que tijolo há
Mas é dele que vivo
Amanhã vou trabalhar.

De noite eu vejo estrela
De dia eu vejo tijolo
Com ele compro comida
Com ela sonho com outra vida.

Ontem o patrão me chamou
Comigo ele queria falar
Disse que não tinha dinheiro
Não tinha como me pagar.

Fui embora sentido
Não entendi não
Como ele não tem dinheiro
Se dirige aquele carrão?

José Roberto Alves de Albuquerque (Operário José)
1998 Fortaleza

O Tempo

Quebrem-se os grilhões,
Que as idéias me castram.
Afoguem-se no mar, alienados,
Todos meus pensamentos limitados.

Soltem-se, com o furor da razão,
Todas as verdades em mim engavetadas.
Que seja jogada às feras
A minha mente alienada.

Que seja curada a célula cancerosa,
Que seja sugado o sangue venenoso,
Que seja de meu corpo vibrante,
Toda sujeira eliminada.

Quero saudáveis corpo e alma,
Quero vivos pensamentos e idéias,
Quero nobres meus sentimentos,
Quero justa a minha fala.

José Roberto Alves de Albuquerque
1984 Fortaleza

O Canto do Guerreiro

Na guerra aprendi a atirar.
Com continências
Saudava meus superiores,
De dia e de noite.

Nas vigílias noturnas,
Solitário, senti medo.
Disseram-me para ter coragem,
O inimigo poderia nos defrontar.

Realmente, de tudo aprendi.
No entanto, a lição mais ensinada,
Essa, aprender eu não consegui.
Essa lição era odiar meu inimigo.

José Roberto Alves de Albuquerque
1978 Fortaleza

Nasceu meu filho

Nasceu meu filho
Filho da terra
Filho da serra
Filho do preto
Filho do branco
Filho do índio

Irmão da lua
Irmão do sol

Sim, ele veio
Esse foi seu desejo

Está cheio de esperanças
Pois tem um ideal

A sua vida
Uma trilha será

Um caminho de busca
Porque ele sabe
Enquanto houver busca
Vida terá

José Roberto Alves de Albuquerque
1981 Fortaleza

Lamentação

Quando a natureza se entristece,
E o canto de um pássaro perece,
A vida se esvai
E de negro se veste.

Lamentamos uma floresta incendiada,
Um rio poluído, mas não
A criança esfomeada,
O pai envergonhado.

Pelas ruas a vagar
À procura de alimento,
O mendigo vai deixando, em troca,
O olhar indignado dos que vivem bem.

Ele traz no corpo,
Através dos séculos,
A miséria da humanidade
E a fartura dos desumanos.

José Roberto Alves de Albuquerque
1983 Fortaleza

Inspiração

O momento da inspiração é único,
É um instante sublime, sagrado.
É uma luz que nos envolve,
Uma emoção que se expressa.

Que agradável sensação.
Porém, tal qual veio,
Vai, rápida, inevitável,
Sem deixar rastro.

É como um pássaro preso,
Contido em seu vôo,
Ansioso por alcançar o céu.

Devemos bem aproveitar este momento,
Pois, ao deixá-lo ir-se,
Desaparece e não mais retorna.

José Roberto Alves de Albuquerque
1987 São Paulo

Gaivota Rebelde

Eu vi um pássaro voando.
Era um gaivota.
Ela passou sobre minha cabeça,
Sobre as casas, os edifícios...

Subiu, subiu e ... sumiu.
Agora ela está longe.
Longe de todos, dos meus olhos...
Voa, no entanto, em minha imaginação.

Vejo-a livre,
Alçando um largo vôo,
Rumo ao infinito,
À procura do equilíbrio.

Vejo, também, um belo cenário,
De um azul celestial..
Nuvens brancas dispersas,
Suavemente levadas pelo vento.

Ah, gaivota que passa,
Leva-me contigo.
Também quero ser livre,
Também quero voar.

Faz-me sentir teus movimentos,
Teu ritmo majestoso.
Deixa-me ver por teus olhos,
Coloca-me em teu dorso.

Ah, como é bom ser livre,
Livre para pensar, para lutar,
Livre de idéias preconceituosas,
De pensamentos alienantes.

Voa, gaivota rebelde,
Descobre teu caminho,
Mas volta, algum dia,
Há outros sedentos por liberdade.

José Roberto Alves de Albuquerque
1987 São Paulo

Agora

Miseráveis anjos do mal,
Que de minha cabeça um vaso fizeram,
As porcarias que lá jogaram,
Em adubo se transformaram.

Um solo fértil lá se encontra,
Para as boas sementes cultivar,
Só que agora não acorrentado,
Escolho o que devo plantar.

Foi-se o tempo dos rios secos,
Da rasteira alienação.
Perdeu-se o cego na multidão,
Já vai longe o anjo da aceitação.

Disseram-me que era água doce,
Salgada foi a que me impuseram.
Meu corpo mal nutrido conseguiram matar,
Mas minha garganta continuará a lutar.

José Roberto Alves de Albuquerque
1984

O momento de ajudar - Icléia

Há sempre um momento especial na vida de cada um:
- momento de reflexão conduzindo à visão nova...
- momento de decisão abrindo novos caminhos...
- momento de parar na observação serena dos fatos...
- momento de silenciar em busca da paz.
Há, porém, um momento sobre o qual poucos, muitos poucos, pensam; um momento difícil de ser descoberto e mais difícil ainda de ser vivido: o momento de ajudar.
Difícil, porque exige que ouçamos atentamente; exige reflexão em torno das circunstâncias; exige silêncio para que o tumulto seja vencido, constituindo-se, portanto, em uma síntese de todos os demais momentos.
Ele é transcendente. Para vivê-lo é necessário reunir boa vontade, compreensão, humildade, amor e, sem estes ingredientes, ele se dilui.
Por isso, quando ele surgir, oremos pedindo ao Senhor que nos inspire a palavra, o gesto, a ação!
No momento de ajudar, guardemo-nos na tolerância, para que o nosso verbo não fira, nosso gesto não machuque...
No momento de ajudar, meditemos em como gostaríamos que o auxílio nos chegasse, ternamente...
O Senhor nos ajuda sempre, enviando-nos seus recursos de misericórdia nas asas do silêncio...
Seu manto de paz nos aquece contra o frio do desânimo...
Na luz de cada alvorecer, revela-nos a doação permanente de seu perdão, lembrando-nos que cada dia que surge é uma oportunidade nova de retificar o caminho.
No momento de ajudar, antes de falar, afaga!
Antes de agir, compreende!
Antes de corrigir, pacifica!
Não é difícil ajudar...
Basta que imites Jesus!

Livro Os Caminhos da Paz
Mensagens de diversos Espíritos recebidas no Lar de Tereza
Edições Léon Denis

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Pequena História do Esperanto (cordel) - Leite Jr.

Nestes versos populares,
O Esperanto é o tema.
Espero que Deus me ajude
Com sua luz neste poema,
Trazendo a inspiração
Na palavra e na noção
Sobre esse belo sistema.

O Esperanto é uma língua
Hoje mais que centenária,
Foi criado na Polônia,
Numa intenção libertária,
Por Lázaro Ludovico
Zamenhof, a quem dedico
Esta história doutrinária.

E essa língua apareceu
Num livro pequeno e enxuto:
Tamanho não é documento,
O que importa é o produto.
Dezesseis regras somente
Resumiam a semente
Daquele fecundo fruto.

1

No ano de 87
Do século XIX,
Pôde o mundo conhecer
A língua de Zamenhof,
Sobre a qual este poeta,
De forma simples, direta,
Vai falar em cada estrofe.

De família polonesa,
Descendente de judeus,
O menino Ludovico
Sempre surpreendeu os seus,
Tendo sido exemplar
Nos estudos e no lar,
Onde havia fé em Deus.

Zamenhof, polonês,
Praticando a medicina,
Receitou o Esperanto
Contra o mal que se origina
Com a Torre de Babel,
Quando o homem ousou o céu,
Sem a permissão divina.

2

Cada povo tem sua língua,
Seu costume e sua cultura.
A diversidade é tanta
E a tanto tempo perdura,
Que romper coma maldição
E ousar com um mundo são
É que parece loucura.

Na Bialistoque natal,
Falava-se polonês,
Russo, alemão, lituano,
Fora o ensino do francês,
Do latim e do hebraico,
No religioso ou laico,
Quantas línguas de uma vez!

Cada falante queria
Impor o seu pensamento
E a sua religião.
Que ódio no sentimento
Dessa cidade polaca...
O resultado era a faca,
No menor ressentimento.

3

Ludovico Zamenhof
Desde cedo percebia
Que na fronteira da língua
Muita batalha haveria.
Inconformado, ele, então,
Procurou a solução
Numa língua de harmonia.

E tanto isso é verdade,
Que o jovem polonês,
Ainda na adolescência,
Dedicou-se até que fez
Um livro com a língua nova.
Estava ali sua prova
De gênio e de sensatez.

Feliz, reuniu amigos,
Com os quais comemorou,
Soprando a vela do bolo
Que sua preparou.
De alegria ele exultava,
Pois seu sonho ali estava:
Num livro se transformou.

4

A Língua Internacional
Por ele foi batizada.
A sua idéia visava
A todos ser repassada,
Traduzindo a união
A todo povo e nação,
Numa língua planejada.

Mas o pai de Ludovico
Achou o projeto estranho.
Como é que alguém pensava
Tão grande desse tamanho?
Como é que um rapaz
Podia pensar em paz
Nesse mundo tão medonho?

Santo de casa não faz
Milagre, já diz a gente.
A voz do pai, preocupado,
Ganhou eco maldizente.
Houve conselho contrário
Àquele plano gregário
Do gênio do adolescente.

5

Assim o pai lhe pediu,
E jovem era obediente,
Que adiasse mais um pouco
Seu projeto persistente;
Mas, depois da medicina,
Se aquela fosse sua sina,
Que ele seguisse em frente.

Então, Ludovico foi
Estudar na faculdade.
O curso de medicina
Fez com zelo e propriedade.
Conforme foi prometido,
Adiou o seu sentido
De ajudar a humanidade.

Numas férias, no entanto,
Estando em casa outra vez,
Perguntou pelo seu livro
E um silêncio então se fez.
Vendo que o filho sofria,
A mãe disse que um dia
Do livro o pai se desfez.

6

O pai acabou queimando
A obra que o rapaz
Escrevera com esmero,
Dedicando-se tenaz
Ao que então se consumira
Numa incompreensível pira,
Pois sonho não se desfaz.

Tendo o pai rompido o trato,
Zamenhof redobrou
Seu esforço ano a ano,
Até que ele terminou
Uma versão mais madura
Da obra que, prematura,
O seu pai incendiou.

A chama do sacrifício
Incendiou-lhe o ideal.
Pediu ao futuro sogro
O apoio editorial
Para lançar o Esperanto;
E fogo nenhum foi tanto,
Que apagasse esse fanal.

7

A Europa ficou pequena
Pra tamanha expansão.
Antes do século XX,
Em constante progressão,
Não restou mais continente
Sem que a estrela reluzente
Brilhasse na escuridão.

O livro de 87,
Em russo, no original,
Teve nesse mesmo ano
Versão internacional,
Publicado em polonês,
Em alemão e francês,
Mantendo aceso o ideal.

Na língua da esperança,
Publicaram-se revistas.
Nova língua se falava
Nos clubes esperantistas.
Obras se traduziam,
E outras se produziam
No Esperanto entre os artistas.

8

Dezoito anos passados
Desde o livro original,
Realizou-se o congresso,
O primeiro universal,
Em Bolonha-Sobre-o-Mar.
Foi um evento sem par
No plano internacional.

Zamenhof lá esteve,
Ensinando sobre a essência
Do projeto que criou.
Por seu gênio e competência
Foi aplaudido e aclamado,
O patrimônio legado
Manteria a consistência.

E os anos que viveria
Zamenhof,com firmeza,
A missão continuava
No argumento e na franqueza.
A luta do Esperanto
Podia evitar o pranto
Da guerra e da malvadeza.

9

Apesar de tanto esforço
Em prol da paz e do amor,
A Primeira Grande Guerra
Trouxe um tempo de terror.
Até mesmo o Esperanto
Sofreu baixas, não o encanto,
Na morde do criador.

Em 17 morria
Com desgosto, certamente,
Zamenhof em plena guerra,
Mas deixou a toda a gente
O exemplo e a atitude
Pra que a humanidade mude
Superando-se na mente.

Outra guerra mundial
O mundo consumiria,
Dizimando tantas vidas,
Como nunca se veria.
Na Polônia, em holocausto,
Muito Zamenhof infausto
A morte conheceria.

10

Hoje a Unesco reconhece,
No seio da humanidade,
O valor do Esperanto,
Em cuja comunidade
Permanece o idealismo
E o mesmo altruísmo
Da originalidade.

Que esta mensagem alcance
Com a luz da verde esperança
Mais lutadores na causa
Da harmonia e da bonança.
Que a Babel globalizada
Seja logo superada
Pela fraterna aliança.

Ludovico Zamenhof,
Ensinou o Esperanto.
Irmanados no idioma,
Trabalhemos nós, portanto,
Em prol de um mundo novo,
Juntos, como um só povo,
Remido de guerra e pranto.

11



Autor: Leite Jr.
leitejr@uol.com.br
esperantoufc@gmail.com

Porto Alegre, 19 de julho de 2005.
XL Congresso Brasileiro de Esperanto

12



Leite Jr. (José Leite de Oliveira Junior)
Professor do Curso de Literatura da Universidade Federal do Ceará. Mestre em Letras. Prêmio Ceará de Literatura de 1993. Professor de Português do pré-vestibular por 20 anos. Redator publicitário e revisor. Artista plástico, criador de projetos editoriais. Esperantista. Professor de Esperanto na Universidade Federal do Ceará
http://www.esperanto.ufc.br/

No recesso do lar - Icléia

Cultiva em ti a delicadeza que desfaz a irritação.
Interioriza a calma e devolve-a na forma do sorriso brando que traduza compreensão.
Aprende a relaxar, eliminando as ansiedades e o excesso de expectativas em relação aos outros e a ti mesmo.
Aproxima-te, então, dos teus... aprende a senti-los...
Lembra-te que eles aguardam e observam...
Eles sentem e se ressentem com tuas explosões - essas pequenas tempestades que agridem e invadem, bruscamente, a atmosfera do teu santuário - o teu Lar!
Descobre a doçura dentro de ti e deixa que ela embale os minutos de tua convivência em família.
A brandura espalha vibrações suaves, despertando a simpatia e a confiança dos que caminham lado a lado.
Ligando-te, assim, a eles pelos elos do amor e do respeito, estás construindo, na estrada do tempo, as bases do amanhã.
Abriga-te na prece.
Protege-te com o manto da humildade.
Cala o grito.
Emudece a crítica insistente.
Educa a palavra.
Modera o temperamento e renova o comportamento. Serás mais feliz.
Torna, então, a olhar os que junto a ti reuniste para as experiências da vida. Sente seus anseios e esperanças.
Eles ainda aguardam e observam...
Aguardam teu carinho e teu sorriso...
Observam tuas maneiras... tua forma de "ser" e de "estar"...
Aguardam teu incentivo e tua delicadeza.
Observam tuas reações e gravam teus exemplos.
Segue, pois, a Jesus, conduzindo em vibrações de Paz e Confiança aos que, lado a lado contigo, estão descobrindo a alegria de amar e conviver.
Valoriza e abençoa o tempo que desfrutas junto a eles, exigindo menos e amando mais!
Serás, com certeza, mais feliz, espalhando a tua volta a ternura desses pequenos tesouros - tuas migalhas de luz... tuas migalhas de paz!

Livro Os Caminhos da Paz
Mensagens de diversos Espíritos recebidas no Lar de Tereza
Edições Léon Denis

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Momentos de Decisão - Divaldo Franco

A vida é feita de momentos que surgem e passam. E, de conformidade com nossa decisão, darão origem aos estados de paz ou de aflição.
São os momentos de decisão feliz que nos garantem a harmonia íntima, assim como os momentos de decisão infeliz nos conduzem à amargura e à dor.
Saulo de Tarso, num momento de desequilíbrio, saiu a perseguir os homens do Caminho e, num momento sublime defrontou Jesus, tomando, num momento de decisão firme,a mais notável e valiosa resolução da vida, que dele fez o perfeito apóstolo das gentes...
Num momento de prece, Maria recebeu a anunciação da chegada do messias...
Num momento de paz na terra, Jesus nasceu em singular estrebaria para mudar os rumos da história.
Num momento de confiança, Nicodemos rogou a entrevista que lhe abriu horizontes infinitos sobre "a necessidade de nascer de novo"...
Num momento feliz, "a mulher samaritana" travou o diálogo que lhe mudou o roteiro da existência...
Num momento de piedade, o bom samaritano tornou-se o símbolo da solidariedade por excelência...
Num momento de fé, a "mulher com hemorragia" libertou-se do grave mal que a martirizava... Num momento de irreflexão, o "moço rico" perdeu a oportunidade de ganhar a jornada...
Num momento de dor, a "mulher adúltera" encontrou a piedade do Mestre e renovou-se para avançar vida a fora...
Num momento de inveja, alguns fariseus tentaram embaraçar o Senhor e se confundiram a si mesmos.
Num momento de amor, Jesus libertou o "obsesso de Gadara", que padecia a cruel constrição de mentes perturbadoras...
Num momento de desequilíbrio, Judas traiu o Cristo...
Num momento de fraqueza moral, Pedro negou o Amigo...
Num momento de covardia, Pilatos lavou as mãos e perdeu a maior bênção da vida...
Num momento estóico, "mulheres piedosas" atestaram a grandeza do amor, acompanhando o Sublime condenado...
Num momento de loucura coletiva, os homens crucificaram Jesus...
Num momento de luz, o mestre ressuscitou, e até este momento é "o caminho,a verdade e a vida".
São momentos de decisão!
Há momento na sua vida que você não aproveita e passa na inutilidade ou se comprometendo com os erros, que produzem aflições e dores sem conta para você mesmo.
Surgem, também, e ressurgem momentos que o convocam à liberdade, à legítima paz. Indispensável saber utilizar as lições do evangelho em cada momento da existência física, a fim de poder fruir as bênçãos da vida eterna.
Pense nisso!
A vida lhe oferece, a cada instante, inúmeros momentos para que você tome decisões.
E cada decisão tomada definirá seu próximo momento.
Se a decisão for feliz, seus momentos futuros lhe trarão felicidade.
Se não, as horas seguintes lhe darão notícias desagradáveis.
Assim é a vida: feita de momentos... Momentos de decisão...
Que seja este, portanto, o seu momento de decisão feliz...

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Momento de Decisão, pelo Espírito Marco Prisco, através de Divaldo Franco, ed. LEAL.

Avancemos! - Aurélio

Não chores lastimando o tempo que passou.
O passado é como um degrau que já subimos. Voltar a ele significa descer e descida nos leva ao retardamento ou à paralisação no esforço de alcançarmos as metas programadas.
Segue, portanto, em frente, olhando para o alto, porque olhar para baixo poderá provocar vertigens, ameaçando o teu equilíbrio.
Se erraste, apressa-te a corrigir o erro.
Se te enganaste, desfaz o teu engano pela análise correta dos fatos.
Se feriste alguém, estende as tuas mãos e reconcilia-te.
Se foste ferido, alcança o ofensor com teu perdão.
Se algo negaste, doa em dobro.
Se mal julgaste, tenta, rapidamente, restaurar a confiança perdida.
Se duvidaste, empenha-te em crer, orando e servindo para que os resultados te alcancem a alma.
Como vês, tudo depende de ti!
Voltar ao passado, chorando sobre as horas mortas? Não o faças!
Só vive quem dinamiza a vida!
Chorar sobre o passado, sem nada construir no presente, é quebrar, definitivamente, a ponte que nos transportará ao futuro.
Arrepender-se do Mal, construindo o Bem, essa é a única fórmula de valorizar a Vida tornando-nos dignos de vivê-la!
Refletir sobre as experiências vividas, sim! Deitar-nos sobre elas, nunca!
Revisar nossos atos, restaurando nossos caminhos, sim!
Reter-nos esmorecidos, negando-nos a prosseguir, isso jamais!

Livro Os Caminhos da Paz
Mensagens de diversos espíritos recebidas no Lar de Tereza
Edições Léon Denis

Sentado sobre o meio-fio

Sentado sobre o meio-fio de uma rua qualquer, de uma cidade qualquer, com a cabeça baixa entre as mãos, ele estava desesperado. Não sabia mais para onde ir, a quem recorrer, o que fazer. Parecia ser o fim. O fim de uma travessia difícil, porém necessária. E ele, que tanto queria ser independente, independente do pai, da família, do patrão, do mundo... Depois de todos os sacrifícios para conseguir sua liberdade, sua independência, ali estava. Que situação! Jamais havia pensado em cair tão profundamente. Sua mente borbulhava, parecia estar em uma caldeira fervente, prestes a explodir. Agora nada mais importava. Tudo estava perdido – o trabalho, o almejado sucesso, a família... Sim, a família, que em breves lampejos vinha-lhe à mente. A família tão rejeitada, com seus pudores, sua moral, sua disciplina, ao mesmo tempo que parecia distante, teimava em se mostrar, em se apresentar, como se o chamando de volta. Mas logo ele balançava a cabeça num esforço para expulsar essa imagem que fizera questão de deixar para trás. E, novamente, lá estava ela, tão viva, mais viva que antes. Na verdade, ele nunca conseguira, de fato, esquecê-la totalmente. Estava nele, era parte dele, não importava para onde fosse. Estava sempre presente em seus menores gestos, nas menores decisões que tomava. A lembrança era forte e fugidia. Rápida vinha, rápida desaparecia. E o conflito estava formado. E ele, ali, naquele lugar desconhecido. As pessoas que passavam ocasionalmente eram apenas vultos que se desvaneciam. Não conseguia se fixar em um rosto, em uma conversação dos passantes, daqueles que próximo a ele paravam por um motivo qualquer. Pareciam até não percebê-lo. Ele sentia-se ignorado, como se não existisse, como se as pessoas não pudessem vê-lo. Sim, era assim que se sentia. Tudo estranho, muito estranho. Há quanto tempo estava andando? Perdera a noção do tempo. Às noites sucediam-se os dias. Após a escuridão vinha sempre a luz. Luz tênue, fraca. Estaria com problemas de visão? É, deve ser isso. Sempre tivera boa saúde, nunca necessitara consultar um médico. Não iria fazer isso agora - confabulava consigo mesmo. As dúvidas vinham-lhe à mente. As lembranças batiam-lhe forte. ”Laurinha! Onde estará Laurinha? Amávamos-nos tanto. De repente, desapareceu. Aliás, parece que todos, em questão de segundos, desapareceram de minha vida. Fiquei só. Como isso pôde acontecer? Que aconteceu? A última coisa que me lembro é que atravessava uma rua. Havia uma passarela próxima, mas eu estava com muita pressa. Não sei para onde ia. Não me lembro. Será que perdi a memória? Não, isso não é possível, pois me lembro das pessoas, dos meus desejos. Não, não foi isso. Se não é isso, então, o que acontece comigo?”
No meio de sua confusão mental, ele ouve um som conhecido, não um som qualquer, desses que se houve comumente nas cidades. Porém, um som especial. Para ele, na realidade, soa como uma música. É um som contínuo de ferro, parece ser de uma roda girando sobre a calçada. Sim, é isso. Ele levanta a cabeça e vê, passando a sua frente, um garoto fazendo girar uma roda de ferro por meio de um bastão de madeira. Parece que, nesse momento, ele é arremessado ao passado. E vê-se em outro lugar, numa pequena rua. Agora é ele mesmo quem brinca com uma roda de ferro, quem a faz girar. Criança, apressa o passo, a roda vai mais rápido. Ele se sente voando, girando no ar. Alguém brinca com ele, gira-o, e ele ri, não quer parar. Parece estar no céu, levitando, parece balançar pelos braços de Deus. Sim, para ele é Deus. Um homem forte, de estatura mediana, cabelos grisalhos, abraça-o; os dois sorriem. Não vê o rosto do homem, mas bem conhece aqueles braços, aquelas mãos, aquele sorriso. Novamente se transporta. Está levando um caminhão de brinquedo. É a sua alegria. Seu pai o fizera. Começa a puxar o caminhão por um barbante e tropeça e cai e chora. Chora de cabeça baixa. O caminhão está quebrado. Para ele é o fim. Desespera-se, junta os pedaços de seu brinquedo, não se contém. Chora ainda mais. Chora da dor, chora da perda. Uma mão dele se aproxima, é uma mão forte, é uma mão conhecida. Ele levanta a cabeça, sorri e estende seus braços. Braços carinhosos o envolvem restaurando-lhe a esperança, trazendo a seu coração o sorriso antes perdido. De olhos fechados, deixa-se envolver e sonha. Agora está sentado sobre o meio-fio de uma calçada, em uma rua desconhecida. Sem esperança, sem sorriso. O garoto da roda já vai longe. Seus sonhos estão no chão, em pedaços. Ele os recolhe, tenta juntá-los. Desespera-se. De braços sobre a cabeça, chora. Uma mão conhecida, querida, mostra-se para ele e, num gesto impensado, atira-se aos braços amigos sem ver-lhe o rosto. Sente que a esperança voltou. O sorriso antes adormecido acordou em seu coração. Abre os olhos e vê a luz, a luz do dia, a luz da vida. Recebe-a sobre si e por ela se deixa envolver. A dor, a desilusão, o desespero, não os sente mais. Sente-se girando, arremessado ao espaço, flutuando.

José Roberto Alves de Albuquerque

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Vivencie a sua paz - Icléia

Alma irmã, vivencie este momento dedicado a sua paz!
Entre em sintonia com os benfeitores que lhe trarão do plano maior as vibrações sutis de esperança, de fé e confiança em Deus.
Diga contrita: seja comigo, Senhor!
Com o coração mais tranqüilo, reveja os motivos que lhe desencadeiam tristeza e amargura.
Sopese-os. Vale sofrer por eles, tanto assim?
Tudo passa! A vida na Terra é uma rápida viagem, favorecendo-nos com preciosas lições.
Cada dor vencida é uma luz que você acende sobre seus passos.
Recorde seus problemas e diga a você que eles não surgiram para o derrotarem, mas para que, apoiado na misericórdia divina, você os vencesse!
Lembre-se dos que o ofenderam ou foram injustos com você e veja-os como irmãos seus, criados pelo mesmo Pai, embora estejam portando, ainda, o "vírus" da impiedade.
Compadeça-se deles! É sempre preferível ser agredido a agredir, sofrer a ser causa de sofrimento.
Agradeça a Deus por sua voz, que só deve se erguer para falar de realizações positivas.
Agradeça a Deus por seus olhos perfeitos, que deverão se fixar apenas nos aspectos mais belos da vida.
Agradeça a Deus por suas mãos, que deverão se movimentar apenas na realização das boas obras.
Esqueça, assim, tudo que se apresente em termos deprimentes ou negativos.
Esqueça os que erram, os que perseguem...
Esqueça os desonestos, os impiedosos...
Esqueça os avarentos, os exploradores...
Esqueça-os!
Não será você o juiz que sobre eles deitará condenações. Deus os vê e eles vão viver.
Não permita que o que tenham dito ou feito invada o templo de sua mente!
Não guarde detritos! Enfeite a sua casa íntima com as flores da esperança e da paz.
Você pode construir a sua felicidade.
Repita com firmeza: creio em Deus! Creio no poder do Bem e por isso eu sou feliz, e por isso estou em paz!

Livro Os Caminhos da Paz
Mensagens de diversos espíritos recebidas no Lar de Tereza/RJ
Edições Léon Denis

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Ao surgir do dia - Icléia

Senhor,
Dá-me a serenidade necessária para aceitar as lutas de hoje, construindo a minha paz de amanhã.
Estende tuas mãos misericordiosas e sustenta-me para que minhas fraquezas não me impeçam de realizar o Bem a que me proponho.
Dá-me a segurança de tua presença, inspirando-me a boa palavra, para que ela seja uma semente de conforto e esperança no coração dos que hoje me acompanham.
Dulcifica os meus sentimentos!
Que eles se transformem em manto luminoso, aquecendo os corações enregelados pelo frio da indiferença e do desamor.
Que, enfim, Senhor, eu possa seguir hoje em meu caminho, refletindo a tua luz ao redor de meus passos, a fim de que eu seja, onde estiver, um instrumento de tua paz!
Que assim seja!

Livro Os Caminhos da Paz
Mensagens de diversos espíritos recebidas no Lar de Tereza/RJ
Editora Léon Denis

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Tratando a ansiedade - Yasmin Madeira

"A neurociência comprova que é possível reequilibrar a mente através de pensamentos melhores."

"Os bons pensamentos produzem inúmeros elementos químicos positivos, que promovem a saúde, o bem-estar e a paz."

Olá! Esse é o quarto de uma série de cinco textos que objetivam refletir sobre a ansiedade e como construir a paz e o equilíbrio em nossas vidas.
A dica de hoje mudou a minha vida para melhor. Além da serenidade que propicia, ativa o sistema imunológico, ilumina os centros da memória e é recomendada por muitos médicos e psicólogos. Estou falando de relaxamento físico e visualização terapêutica. O cérebro responde mais fortemente às imagens do que aos comandos verbais. Imaginar situações negativas para o futuro, recordar eventos difíceis do passado projetam você imediatamente em uma rede de pensamentos e vibrações negativas produzindo perigosos resultados para sua saúde física e mental. Esses pensamentos promovem reações em nossa química cerebral que passa a produzir elementos químicos de mal estar e dor. Mas o contrário acontece. Os bons pensamentos produzem inúmeros elementos químicos positivos, que promovem a saúde, o bem-estar e a paz.
A neurociência comprova que é possível reequilibrar a mente através de pensamentos melhores. Observe-se!
Que tipos de pensamentos você tem acolhido em sua mente? Dê um basta a tudo o que remete você ao pessimismo e escolha melhores padrões de pensamentos para nutrir você. Essa escolha é só sua!
Vamos então ao exercício!
Reserve, diariamente, quinze minutos só para você. Desligues telefones, peça para não lhe interromperem. Se possível, tire os sapatos, alargue a roupa, coloque-se de forma confortável, mas não exagere para não dormir. Coloque inicialmente a sua atenção na respiração. Inspire e retenha o ar por alguns instantes. Após, expire relaxando. Repita essa respiração por duas ou três vezes. É o suficiente para o corpo relaxar e entrar no presente, viver este momento.
Feche os olhos e mexa bem suavemente o seu pescoço para trás e retorne. Movimente os ombros para cima e para baixo, para frente e para trás. Relaxe.
Agora, inspire profundamente, retenha o ar por uns instantes e expire como se estivesse soprando, colocando todas as pressões para fora. Deixe sua inspiração leve, normal e projete-se para um lindo e seguro jardim. Sinta a paz deste lugar. Sinta o aroma das flores, da grama macia. Sinta-se leve. Sua mente silencia. Sinta o equilíbrio interior, a mente silenciosa. Fique nessa paz observando a energia do ambiente. Agora, retorne com sua atenção à respiração, sentindo o ar entrando pelas narinas e delas saindo, mais morno e úmido. Mexa os dedos dos pés, das mãos. Passe as mãos suavemente em seu rosto, sentindo sua pele. Abra os olhos. Fique em paz!

Revista Despertar Espírita
Lar Fabiano de Cristo
Informativo Mensal - Rio/RJ
Ano V - nº 63 - setembro de 2008

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Felicidade - Ana Guimarães

Felicidade não é utopia. É uma belíssima realidade ao alcance de qualquer criatura.

O fato de se estar vivendo um momento difícil de provação não quer dizer que estejamos esquecidos da providência divina ou que sejamos infelizes.

A infelicidade, a priori, é um produto da insatisfação com que a criatura vive em seus momentos de aprendizado, não compreendendo a lei de causa e efeito que rege a existência na Terra.

Basta um pouco de reflexão, um suave momento de oração para que a pessoa começe a rever os seus postulados.

Observemos as palavras do Senhor Jesus em Seu Evangelho: "Pedi e obtereis ". É certo que devemos entender claramente o que vamos pedir. Uma criança insatisfeita pede aleatoriamente, o adulto experiente pensa no que é de justiça antes de pedir.

Nessa hora difícil em que a Lei pede o seu testemunho de equilíbrio e confiança, é justo procurar a ajuda divina, porém, é igualmente certo confiar na justiça, que busca todas as criaturas para o devido acerto de contas.

Não é tão complicado assim entender a lei de ação e reação, basta que se tenha olhos de ver, analisando quantas vezes burlamos a lei, acreditando-nos isentos das devidas sanções.

Quando chega a hora do testemunho, é necessário vestir-se de paciência e resignação, sabendo, no entanto, que, se a Lei é justa, é também misericordiosa, e o Pai é um pai que deseja o êxito do filho e não a sua perda.

Confiemos sem perder tempo em lamentações, mas dinamizando o potencial de realizações, pois quando o coração está sofrido o cristão trabalha com a alma voltada para Deus, orvalhando o terreno por onde passa com lágrimas resignadas da sua dor, deixando messes de luz ao longo do caminho. Dessa forma, descobre que a felicidade mora na paz e esta lhe dá a consciência tranqüila.

Em Crônicas de Família
Revista Despertar Espírita
Lar Fabiano de Cristo
Informativo Mensal - Rio/RJ
Ano V - nº 63 - setembro de 2008

A alegria terapêutica de Jesus - Fabiano Nunes

A ciência médica tem-nos oferecido demonstrações incontestáveis da eficácia e eficiência do bom humor e da alegria no reequilíbrio físico e mental do ser humanao.

O júbilo e o riso, através das conexões neuro-hormonais entre o cérebro, a constelação glandular e as células da imunidade, produzem estado de bem estar e harmonia no funcionamento da secreção hormonal, do sistema nervoso vegetativo e do sistema imune.

Experiências com os pacientes internados em hospitais de oncologia que receberam visitas dos grupos de voluntários que prestam ajudam através do humor terapêutico - por exemplo, os "doutores alegrias" e os "hospitalhaços" - evidenciaram significativos benefícios da ação do riso no processo terapêutico. Esses pacientes, especialmente as crianças, apresentaram um menor tempo de internação, melhor resposta clínica e, sobretudo, seus familiares e os profissionais da saúde apresentaram menores índices de estresse e ansiedade. Conquanto a alegria, o riso e o bom humor vêm sendo objetos de estudo dos pesquisadores, que já identificaram vários mensageiros químicos e humores acionados pela ação dessas emoções positivas. Por conseguinte, demonstrou-se também aumento da atividade imune e da vigilância antitumoral dos linfócitos responsáveis pelas defesas orgânicas contra infecções e tumores.

Jesus, o Amigo infatigável de toda a humanidade, é o modelo e Guia da mais perfeita alegria de viver.

O Mestre inesquecível apresenta como reações psicológicas as mais belas demonstrações de alegria e de bom ânimo. Desde o início do Seu sublime ministério, até as últimas horas de Sua vida na Terra, Jesus empreende energias em ensinar a arte de pensar e viver contentamento. Conforme a narrativa do evangelista João, na última ceia, antes de Sua execução na cruz, conquanto os amigos, familiares e discípulos estivessem imersos em profunda tristeza e melancolia, o Mestre Memorável apresentou um discurso rico de exultação e de esperança, declarando claramente o desejo de deixar Sua própria alegria por herança aos seus entes amados: 'Tenho-vos dito isso para que a minha alegria permaneça em vós, e a vossa alegria seja completa". Jesus (João 15:11)

Deste modo, diante das atribulações da vida, busquemos no bom humor a medicação salutar que possibilita o bem-estar físico e mental, e de igual modo ofereçamos aos irmãos necessitados do caminho o sorriso amigo e generoso que contagia, para que a alegria de Jesus seja conosco e nossa felicidade seja plena.

Em Encontro com Jesus
Revista Despertar Espírita
Lar Fabiano de Cristo
Informativo Mensal - Rio/RJ
Ano V - nº 63 - setembro de 2008

Moradas - Geraldo Guimarães

Há 15 bilhões de anos houve uma explosão galática, denominada de "Big Bang", que deu origem ao Universo, ao macrocosmo, com, aproximadamente, 25 bilhões de galáxias e trilhões de astros.

Esse Universo se expande à velocidade da luz e, segundo afirmam hoje, se auto-renova.

De acordo com alguns pesquisadores, há, nele, poucas estrelas com sistemas habitáveis por seres inteligentes.

No entanto, a Doutrina Espírita informa que esse Univereso e muitos outros, materiais e espirituais ao infinito, são habitáveis e habitados por seres que pensam, raciocinam e evoluem pela eternidade.

Na literatura espírita há referências sobre coletividades adiantadas nos planetas Marte e Vênus, bem como em outros mundos espalhados no macrocosmo físico e nos planetas espirituais. Fala-se do sistema de Cabra ou Capela na constelação do Cocheiro, de onde vieram os capelinos para a Terra primitiva, e em Alcione, no sistema das Plêiades, de onde se originam crianças índigo e cristal.

É de todos conhecida a história das cidades espirituais Nosso Lar, nos céus do Rio de Janeiro e da Colônia Redenção, na Bahia.

Há ainda a Casa Transitória Fabiano de Cristo, Alvorada Nova e outras, em várias regiões do Brasil e do mundo.

A interação entre os mundos materiais e espirituais é fundamental para o desenvolvimento da vida.

Lá, são organizadas, de um modo geral, as reencarnações e diversas programações, especialmente a familiar, sob a tutela de Benfeitores Amigos e a anuência dos reencarnantes.

Há vida por toda parte, em níveis inimagináveis, coroando a criação divina.

Para onde irei? - perguntam. Basta ver-se, examinar-se e considerar a lei de méritos e deméritos.

A lição abençoada está nas palavras de Jesus: "Nenhuma das minhas ovelhas se perderá". Portanto, todos, um dia, alcançarão a perfeição.

"Na casa do meu Pai há muitas moradas. Vou preparar-vos um lugar", afirmou o Cristo.

Em Visão Espírita
Revista Despertar Espírita
Lar Fabiano de Cristo
Informativo Mensal - Rio/RJ
Ano V - nº 63 - setembro de 2008

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Poema: Desejo de um cearense

Eu quero ver o sol anunciando o dia
E os Homens dizendo-se: bom dia.
Eu quero sentir a luz do sol,
Eu quero viver o dia.

Eu quero ver o canhão
Com seu grito de guerra
Anunciar a paz
E a vitória do amor.

Eu quero saber que Jesus Cristo
No coração dos Homens está
E que Deus feliz
Com isto se alegrará.

Eu quero teus olhos nos meus olhos
Teu corpo junto ao meu corpo
Eu quero teu coração cheio de mim
E o meu cheio de você.

Eu quero ver transbordar de alegria
Os rios do meu Ceará
Como que dizendo a todos:
A terra é boa e fértil pode plantar.

Eu quero ver os Homens trabalhando
E as crianças brincando
E todos se cumprimentando e dizendo:
Brasil, terra amada
És meu torrão e alegria.

Eu quero ver a pomba da paz
Pelo mundo viajar
E a todos anunciar
Que é chegada a hora da unificação dos idiomas
E uniformidade da fala para consolidação da paz
Que é bem vinda entre nós.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Valor Educativo do Esperanto

Ação Educativa Intelectual
a. facilita o estudo da língua pátria;
b. é um excelente auxiliar para aprender idiomas;
c. contribui para desenvolver as faculdades de observação e raciocínio;
d. desperta no jovem o interesse pelos outros países;
e. facilita o estudo da Geografia e da História Universal.

Ação Educativa Moral
a. desenvolve sentimentos de simpatia e de fraternidade para com os outros povos;
b. alarga o espírito, exercendo uma saudável influência moral na juventude;
c. harmoniza o patriotismo com o humanismo.

Por que os jovens devem aprender o Esperanto?
a. Porque, conhecendo o Idioma Internacional, cujo funcionamento é lógico, aprenderão melhor sua própria língua;
b. Porque assim poderão estudar com êxito qualquer idioma estrangeiro;
c. Porque, sabendo o Esperanto, poderão relacionar-se com jovens de outros países;
d. Porque poderão satisfazer seu interesse colecionista, mediante o intercâmbio de postais, mapas, desenhos, livros, revistas, selos, etc. com pessoas de diversas nações;
e. Porque o Esperanto lhes permitirá ter amigos em todas as partes do mundo;
f. Porque, por meio da literatura do Esperanto, poderão penetrar no espírito universal da humanidade;
g. Porque, desse modo, poderão amar melhor a sua Pátria, conhecendo e amando fraternalmente todos os povos;
h. Porque, se os jovens de hoje aprenderem o Esperanto, os homens de amanhã terão resolvido o problema do Idioma Internacional.

terça-feira, 16 de setembro de 2008