quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Encarnado Sou - Teatro

1º Grupo: encarnados (somente homens).
Vestem-se seus componentes de encarnado (vermelho).

2º Grupo: azuis (somente mulheres). Vestem-se seus componentes de azul.

ENTRADA

Sobre o palco, os grupos ficam em lados opostos, imóveis, de frente para o público, porém, os encarnados olhando para cima – narizes empinados – e os azuis de cabeça baixa, humildes.
O maestro localiza-se entre os dois grupos, um pouco à frente, mais próximo do público.

COMEÇA O ESPETÁCULO

Maestro: - Que os encarnados tenham vida.
Os encarnados começam a cantar:
(Nós somos as cantoras do rádio...)
“Nós somos os encarnados da Terra/Levamos a vida a cantar/De dia buscamos o bem-estar material/À noite o prazer da carne é que virá.”

Os encarnados param, imóveis, olhando para cima.

Maestro: - Agora os azuis.
Os azuis começam a cantar:
“Nós somos os azuis, azuis, azuis/Gostamos de cantar, lá, lá, lá, lá/Estamos sempre trabalhando, lhando, lhando,/Para o próximo, para o próximo/Para o próximo ajudar.”

Os azuis ficam imóveis, olhando para baixo.

Maestro: - Os encarnados cantam. (Meu limão, meu limoeiro...)
“Meu baú, meu dinheiro/Minha vida, meu apego/Uma vez... tá com fome?/Sai prá lá/Outra vez... vai chorar?/Não quero ouvir, pode parar/Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá/Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá.”
Os encarnados ficam imóveis, na posição que pararam.

Maestro: - Os azuis cantam. (O cravo brigou com a rosa...)
“O encarnado brigou com a sogra/Debaixo de uma latada/O encarnado saiu ferido/E a sogra... desencarnada./O encarnado ficou doente/A sogra foi visitar/O encarnado deu um desmaio/E a sogra pôs-se a chorar.”

Os azuis ficam imóveis, na posição que pararam.

Maestro: - Os encarnados cantam. (Ô, lê, lê, ô, lá, lá, misturei carimbó, siriá...)
“Ô, lê, lê, ô, lá, lá,/Misturei frango com vatapá/Frango é gostoso/Quando como não consigo parar./A mistura que eu fiz,/Minha esposa nem olhou/Mas eu estou com fome/Quero ver se algo sobrou.”

Os encarnados ficam imóveis, como se fossem cachorrinhos famintos.

Maestro: - Os azuis cantam.
“Desceu sobre mim,/Como réstia de luz/Esta mensagem/Do Mestre Jesus:/Ama, perdoa e sê paciente,/E me sentirá sempre presente./Procura da vida a compreensão,/Na dor e na alegria/Vê sempre uma nova lição/Transforma em beleza/O amor que a mim conduz./É esta a mensagem/Do Mestre Jesus.”

Os azuis ficam imóveis, olhando para os encarnados, com um leve sorriso.

Maestro: - Os encarnados cantam. (Eu não sou daqui, eu não tenho amor...)
“Eu sou daqui/Encarnado sou/Eu não tenho amor/Encarnado sou/O meu coração é de pedra/Encarnado sou/Como sinto dor/Encarnado sou./Ô azul, ô azul/Leva eu prá tu/Não agüento mais esta vida/Sou sofredor, ô, ô/Quero ir, quero ir/Para o Centro Espírita, ô, ô/Leve-me daqui/Venha que eu vou, ô, ô.”

Os encarnados param, sorridentes, com os braços abertos, olhando para o público.

Maestro: - Que entre o Centro Espírita. (Eu sou um coelhinho,...)
Uma pessoa caracterizada como Centro Espírita entra no palco, posiciona-se entre os dois grupos e começa a cantar:
“Eu sou o Centro Espírita/Eu o convido meu irmão/Venha para a luz/O Evangelho te conduz.”

Nesse momento, com o Centro Espírita no centro, os dois grupos misturam-se entre si, abraçam-se e cantam.
“Que alegria é estudar o Evangelho/De noite e de dia/Ama o seu irmão./Jesus nos mostrou o caminho/O amor e o perdão./Seus ensinamentos/Ao Pai nos conduz/Servir ao próximo/É ato que reluz.”

O Centro Espírita destaca-se dentre os demais, vai para a frente e fala:
- Como diz Kardec,
Todos cantam:
“Não há salvação fora da caridade.”

F I M

Nenhum comentário: