sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Gaivota Rebelde

Eu vi um pássaro voando.
Era um gaivota.
Ela passou sobre minha cabeça,
Sobre as casas, os edifícios...

Subiu, subiu e ... sumiu.
Agora ela está longe.
Longe de todos, dos meus olhos...
Voa, no entanto, em minha imaginação.

Vejo-a livre,
Alçando um largo vôo,
Rumo ao infinito,
À procura do equilíbrio.

Vejo, também, um belo cenário,
De um azul celestial..
Nuvens brancas dispersas,
Suavemente levadas pelo vento.

Ah, gaivota que passa,
Leva-me contigo.
Também quero ser livre,
Também quero voar.

Faz-me sentir teus movimentos,
Teu ritmo majestoso.
Deixa-me ver por teus olhos,
Coloca-me em teu dorso.

Ah, como é bom ser livre,
Livre para pensar, para lutar,
Livre de idéias preconceituosas,
De pensamentos alienantes.

Voa, gaivota rebelde,
Descobre teu caminho,
Mas volta, algum dia,
Há outros sedentos por liberdade.

José Roberto Alves de Albuquerque
1987 São Paulo

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