sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Rosa-espinho

No início, uma dormência.
No corpo, um sufoco.
O querer tocar impedido,
Não realizado.

Mãos que se tocam,
Alívio do espírito.
De repente, suavemente,
O sentir total, desejado.

Na dança dos braços,
A harmonia do círculo.
Nos movimentos circulares,
Um levantar ritmado.

No solo, um tocar,
O contato espírito-matéria.
No tato, aspereza, mal-estar.
Em seguida, o suave.

Uma viagem que acontece
Entre um suspiro e outro.
A aventura do contraste,
O contraste do belo.
Rosa espinho.

José Roberto Alves de Albuquerque
1987 São Paulo

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