quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Espera o amanhã - Icléia

Alma irmã!
Deixaste que a revolta tomasse conta de teu coração e destruíste as chances de alcançar novos momentos de felicidade e de paz!
Choras hoje, infeliz, tocada de profundo arrependimento.
Cerraste os ouvidos às vozes que te pediam calma e negaste a ti mesma a orientação do bom senso.
E, agora, o que fazer? - indagas entre lágrimas de compunção o que fazer diante das lutas que se avolumaram em conseqüência de tua precipitação marcada pela insensatez.
Agora, alma irmã, contempla a Natureza...
Vê as lições que ela te oferece dadivosa, sem nada te pedir, sem nada te cobrar, mostrando-te, em silêncio, como funcionam os processos de reajuste, importantes e imprescindíveis ao restabelecimento do equilíbrio perdido.
Quando a chuva cai, normalmente, encharcando a terra, a sementeira com ela se beneficia, ensejando colheita farta. Mas... quando a chuva não chega sozinha, fazendo-se acompanhar de temporais violentos, derrubando casas, deslocando pedras, provocando enxurradas destruidoras, é possível que a sementeira se perca, que ninhos se desfaçam, que lares desmoronem em ruínas...
E então... só o tempo, com a volta do Sol e a colaboração de mãos que se unem para reparar os danos, farão o milagre da renovação, restaurando a paz... Só o tempo!...
Apesar de tudo, algo de bom permanece - a lição que a Natureza oferece a quem tem olhos de ver!
Aprende, alma irmã, que a revolta é dor também, assemelhando-se à enfermidade embutida no organismo, aguardando clima propício para eclodir.
É sempre dor, causando uma dor maior e sem remédio nos refolhos da alma, porquanto o "depois" dói mais do que a causa que surgiu "antes"!
Alma querida! Agora é momento de esperar!
Espera o tempo, mas espera servindo, porque o serviço do Bem é o sol secando as lágrimas que, como a chuva, caíram em excesso...
Agora, alma irmã, espera o amanhã...

Livro Os Caminhos da Paz
Mensagens de diversos Espíritos recebidas no Lar de Tereza/RJ
Edições Léon Denis

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