sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Operário do Tijolo

Minha casa é de barro
Não é de tijolo como as de cá
Mas eu prefiro a minha
Porque é nela que meu amor está

Quando em casa estou
Nem lembro que tijolo há
Mas é dele que vivo
Amanhã vou trabalhar.

De noite eu vejo estrela
De dia eu vejo tijolo
Com ele compro comida
Com ela sonho com outra vida.

Ontem o patrão me chamou
Comigo ele queria falar
Disse que não tinha dinheiro
Não tinha como me pagar.

Fui embora sentido
Não entendi não
Como ele não tem dinheiro
Se dirige aquele carrão?

José Roberto Alves de Albuquerque (Operário José)
1998 Fortaleza

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